terça-feira, 1 de novembro de 2011

Almoço beneficente promovido pela Cruzada dos Militares Espíritas-MT/MS dia 06/11/2011

A Cruzada dos Militares Espíritas-MT/MS convida para almoço promocional, com renda destinada a mobiliar o Educandário Lar de Ruy Kremer. Se você for no almoço, estará colaborando para in~icio das atividades e aulas a partir de fevereiro de 2012.

dia 06 de novembro - domingo -12:00h às 13:30h
Rua Jaborandi, 80 - Jardim Aeroporto
Campo Grande-MS
cardápio: pernil ao molho de maracujá, arroz, salada tropical, cremes ecológicos e prato surpresa. 
Investimento: R$ 15,00 (isento criança até 07 anos) - não serão servidos: marmitex e marmita
levar pratos e talheres
# vetado o uso de bebidas alcoólicas e tabaco
Participe do Seminário das 10 às 11:45h – adesão gratuita
Temas:
1) Recursos materiais: o supérfluo e o necessário
2) Família
3) Importância do perdão
4) Dependência química
5) O que é espiritismo

Palestra: "Valorização da vida: uma visão espírita sobre a morte", dia 02/11/2011 - 10 horas

A Federação Espírita de Mato Grosso do Sul convida a todos para a tradicional palestra a ser realizada no Dia de Finados, a convite da administração do Cemitério Parque das Primaveras.
A palestra será proferida por Luciano Montalli, Vice-diretor Administrativo da Federação Espírita de Mato Grosso do Sul - FEMS.
Data: 2 de novembro de 2011
Horário: 10 horas
Local: Cemitério Parque das Primaveras
Av. Senador Filinto Müller, 777 – V. Ipiranga
Campo Grande-MS

domingo, 30 de outubro de 2011

Finados na visão espírita

Dia dois de novembro é marcado pelo dia de finados, um feriado relacionado a morte.
A Doutrina Espírita nos mostra que somos Espíritos eternos e imortais. Quando encarnados, temos o corpo físico, o corpo espiritual (o perispírito) e o Espírito. Quando desencarnados, nos desligamos de nosso corpo físico. A vontade, a inteligência, as emoções, tudo está no Espírito.
Portanto, logo percebemos que a morte como conhecemos não existe. Ninguém morre, no sentido de acabar. O espírito é eterno e imortal. A morte então é uma passagem do plano físico para o plano espiritual. Isso se dá para que desenvolvamos nossas qualidades morais.
E embora tenhamos um grande desenvolvimento intelectual, a morte ainda não é bem entendida para a maioria de nós, mesmo os espiritualistas e até os espíritas, se tocarmos no sentido do apego. Embora o entendimento esteja na mente, o coração responde diferente.
Não é à toa que uma enorme quantidade de espíritos desencarnados expressarem suas dificuldades na vida de além túmulo, com relação as saudades de seus entes queridos, e vice-versa. E é este excesso de apego que cria situações extremamente desconfortantes, onde entramos em grande desequilíbrio nos momentos de separação mais brusca.
Mesmo quem entende a morte, sofre a dor da separação. Porém, é preciso modificar a nossa ideia acerca da vida, que não se resume a vida material, mas essencialmente a vida espiritual.
Nossos entes queridos são empréstimos de Deus para que possamos nos desenvolver cada vez mais. Mas que amor é esse, que desenvolvemos por eles, que em vez de pacificar nossa evolução, que em vez de fazer o bem, acaba prejudicando com o peso da saudade?
O dia de finados deve ser visto então como mais um dia em que devemos elevar nosso pensamento a Deus, orando fervorosamente por aqueles que já partiram, para que esta prece, feita sempre de coração, seja um alívio para aqueles que nós amamos e já partiram para a pátria espiritual.
A prece está entre os maiores bens que podemos fazer em benefício daqueles que já partiram, mas não é estagnada a apenas uma data no ano. Se quem partiu está na condição de sofrimento ou de perturbação, a prece será de grande benefício.
Se quem partiu está consciente, lúcido de sua realidade espiritual, da mesma forma, a prece chegará como um bálsamo ao coração de quem amou, pela lembrança e pelo carinho.
Vejamos o que nos dizem os Espíritos, através de Kardec em
"O Livro dos Espíritos":
321. O dia da comemoração dos mortos é, para os Espíritos, mais solene do que os outros dias? Apraz-lhes ir ao encontro dos que vão orar nos cemitérios sobre seus túmulos?
“Os Espíritos acodem nesse dia ao chamado dos que da Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer.”
a) - Mas o de finados é, para eles, um dia especial de reunião junto de suas sepulturas?
“Nesse dia, em maior número se reúnem nas necrópoles, porque então também é maior, em tais lugares, o das pessoas que os chamam pelo pensamento.
323. A visita de uma pessoa a um túmulo causa maior contentamento ao Espírito, cujos despojos corporais aí se encontrem, do que a prece que por ele faça essa pessoa em sua casa?
“Aquele que visita um túmulo apenas manifesta, por essa forma, que pensa no Espírito ausente. A visita é a representação exterior de um fato íntimo. Já dissemos que a prece é que santifica o ato da rememoração. Nada importa o lugar, desde que é feita com o coração.” 

fonte: Mensagem da Associação de Divulgação da Doutrina Espírita-ADDE

sábado, 29 de outubro de 2011

Palestras e seminário com Haroldo Dutra em Campo Grande-MS, dias 29 e 30 de outubro de 2011


A viagem


Quando vai realizar uma simples viagem a um país estrangeiro, uma pessoa dotada de um mínimo de ordem e previdência tomará algumas medidas e precauções para evitar contratempos e dissabores. Assim, após providenciar o passaporte e o necessário visto de entrada naquela nação, ela vai procurar saber qual a estação do ano e a temperatura reinante, a língua ali falada, a moeda circulante e outras informações dessa natureza.
De posse desses dados, ela cuidará das passagens, da sua bagagem e de deixar todos os compromissos na pátria de origem devidamente organizados, para que os seus parentes e amigos não sejam perturbados por credores e outras contrariedades.
Tudo isso ela fará sem ter certeza de que concretizará a viagem, porquanto um obstáculo imprevisível poderá impedi-la de viajar.
Entretanto, para a grande viagem, a viagem que todos faremos, ou seja, para a morte, poucas pessoas estão preparadas, raras são as que procuram saber as condições de tempo e de espaço, o clima, a língua, a moeda, os meios de transporte, a alfândega e todos aqueles detalhes necessários para a viagem ao mundo espírita, ou mundo dos Espíritos, de onde viemos e para onde vamos retornar a qualquer momento.
Foi pensando nisso que resolvemos convidar o leitor para uma viagem imaginária ao mundo espírita, fazendo uma analogia com uma viagem aqui no mundo físico. Vamos nessa?
Os preparativos
Antes de mais nada, convém não esquecer que essa viagem terá início sem aviso prévio, de modo que a bagagem deverá estar sempre pronta, porquanto quando nascemos já recebemos a passagem de volta. Assim, é bom deixar todos os nossos papéis, contas e demais compromissos em ordem, para não amolar os que não irão conosco.
A moeda circulante no mundo espiritual é constituída pela inteligência, pelos conhecimentos e pelas qualidades morais, de acordo com o Espírito Pascal ("O Evangelho segundo o Espiritismo", Cap. XVI, Item 9). Serão estes recursos que nos garantirão um alojamento em um hotel de cinco, quatro, três, duas, ou apenas de uma estrela, ou um aposento de péssima categoria, ou, o que é ainda pior, o abandono pelas ruas, debaixo de pontes e entre malfeitores.
Esta será também a nossa única bagagem, pois de nada mais iremos precisar no nosso destino. Desse modo, cada um levará o que possuir daqueles valores.
Como os Espíritos se utilizam do pensamento para a comunicação, será ótimo que desenvolvamos o hábito de pensar muito, não esquecendo que desde já os nossos pensamentos são lidos pelas entidades desencarnadas, que são atraídas de acordo com a qualidade desses pensamentos. Serão estes Espíritos, afinizados conosco, que estarão nos esperando na chegada ao mundo espiritual. Como será ela? Vejamos a seguir. 
A chegada
Vamos comparar a nossa chegada no mundo dos Espíritos a uma chegada em um movimentado terminal aqui da Terra, seja ele uma estação rodoviária, ferroviária, do metrô ou ainda um aeroporto; as circunstâncias em todos eles são muito semelhantes. Com efeito, quando vamos embarcar ou quando acabamos de desembarcar em uma grande cidade, na qual estivemos apenas uma vez ainda na infância, se não tivermos alguém à espera e que conheça o local, vamos ter muitas dificuldades com as informações sobre os meios de transportes, hotéis, e se for em um país estranho, teremos ainda as complicações decorrentes da linguagem e da utilização da moeda.
Algo análogo acontece nessa nossa viagem. Neste exato momento (olhe o seu relógio), milhões de pessoas estão desencarnando, isto é, estão desembarcando no mundo dos Espíritos, e ali estamos nós, na nossa viagem imaginária. Olhamos para cá e para lá: ninguém conhecido se aproxima... Espíritos em tudo semelhantes a pessoas encarnadas, usando a roupagem perispiritual, circulam, passam por nós, afastam-se, cada um cuidando de sua própria vida. Ah! Por que não nos preparamos melhor para a viagem? Onde está o balcão de informações? Lá vem agora o oficial da alfândega! Certamente vai nos perguntar quem somos, de onde viemos e o que estamos fazendo aqui! E agora?
Nesse exato momento se aproxima uma pessoa gentil, que se oferece para nos ajudar e se identifica. É o nosso anjo guardião, aquele mesmo de quem tantas vezes ouvimos falar e a quem pouco valor demos. Mas ele não parece importar-se com a nossa ingratidão. Conversa com o oficial alfandegário, que se afasta meio desconfiado. Agora o guardião fica a sós conosco e tenta nos acalmar.
Ele tem enorme dificuldade para nos explicar que já estamos no plano espiritual, que atravessamos a "fronteira de cinzas" e que deveremos nos ambientar na nova vida. Diante da nossa perplexidade, ele nos toma pelo braço, a fim de nos afastarmos do ponto de chegada, onde vários Espíritos já nos olham com curiosidade. Eles sabem que somos recém-chegados! O que vai nos acontecer em seguida? 
Como é a vida no mundo espiritual
Os Espíritos dizem que, para nos informarem acerca das condições de vida no mundo em que estão, encontram o obstáculo de um indígena que, tendo realizado uma visita à civilização, tenta, ao retornar à tribo, explicar aos seus parentes e amigos as conquistas que viu, como, por exemplo, a televisão, o telefone, o fax, etc. Ou, ainda, de algo semelhante a descrever a um cego de nascença a luz e as cores.
Não obstante, temos que aguçar a nossa imaginação, porque já estamos, em nossa viagem, no mundo espírita. Aqui as condições ambientais não dependem da atmosfera ou do heliotropismo, mas do fluido cósmico universal. É ele que, por exemplo, serve de veículo ao pensamento, como o ar conduz o som na Terra. As trevas existem apenas para os Espíritos a elas condenados, que pensam inexistir a luz. A poluição reinante decorre dos maus pensamentos, assim como o saneamento depende da sua elevação.
A duração do tempo também é relativa à posição individual, pois para este Espírito um século pode parecer um segundo nosso, enquanto que para aquele o contrário é que se dá.
Existem praças, avenidas, ruas, casas, escolas, hospitais, Prefeitura, Cadeia, Fórum e outras repartições, com profissionais e servidores semelhantes aos nossos. Os meios de transporte são velozes e silenciosos, posto que os Espíritos possam locomover-se usando apenas o pensamento.
Por falar nisso, eis que se aproxima um agente oficial, querendo saber do nosso destino. O guardião já nos alertara de que isso aconteceria a qualquer momento. Esse agente é a nossa consciência, que, a partir de agora, passa a rebobinar o filme de nossa vida. Lances dela que já havíamos esquecido, ou que deixáramos para um exame futuro, chamam-nos para o ajuste de contas tantas vezes adiado, perante uma Justiça cuja balança é mais precisa do que a dos laboratórios científicos. Neste tribunal não adianta ajustar advogado de fora; seremos nós mesmos os nossos próprios juízes, proferindo a sentença relativa ao nosso modo de viver na Terra, e na decisão as circunstâncias atenuantes e agravantes serão consideradas nos mínimos detalhes, a ponto de qualquer delas, ainda que do peso de uma asa de colibri, influir no julgamento.
Quando a sentença transitar em julgado e dela não couber mais nenhum recurso, vamos ser levados para o local que merecermos, em perfeita consonância com aqueles valores já antes mencionados: a inteligência, os nossos conhecimentos e, sobretudo, as nossas qualidades morais. Somos ricos ou pobres deles? Cada um sabe exatamente a sua situação, bastando para isso uma profunda reflexão acerca do modo pelo qual vem rolando a sua vida. Mas, que tal voltamos rapidamente à Terra para essa reflexão? 
Era tudo um sonho!
Você acordou! Tudo não passou de imaginação, de um sonho. Mas de um sonho que se tornará realidade a qualquer instante. Com efeito, já compramos realmente o bilhete de volta no avião para o Além, de sorte que convém deixar a viagem preparada.
Eis aqui algumas sugestões para o grande retorno: uma leitura da segunda parte do livro "O Céu e o Inferno''", de Allan Kardec, onde estão 67 depoimentos de Espíritos nas mais diversas condições no mundo espiritual, sendo que uma delas será, sem nenhuma dúvida, a nossa, dependendo da semelhança com o modo de vida que o Espírito em comparação teve aqui na Terra; do Capítulo 3, do livro "Cartas e Crônicas", do Espírito Irmão X, pela psicografia do querido Chico Xavier, intitulada Treino para a morte, que nos dará muita informação sobre a vida de lá; do já mencionado Item 9, do Capítulo XVI, de "O Evangelho segundo o Espiritismo", para conhecermos a verdadeira propriedade, valendo para o mundo físico e para o mundo espiritual. E muita caridade, pois fora dela não há salvação.
Depois, é só apertar o cinto e boa viagem!
Eliseu Florentino da Mota Junior, revista Reformador, da FEB, de dezembro de 1994

Visão espírita da morte


Neste mês, em que os homens instituíram uma data para reverenciar os mortos, vale a pena rememorar o que ensina a Doutrina Espírita a respeito do que representa a morte.
O fenômeno da morte é visto sob múltiplas formas, dependendo da crença, da descrença ou da certeza que cada criatura humana constrói para si mesma.
Vale dizer que o materialista, o espiritualista e o espiritista têm concepções muito diferentes sobre a vida e sobre a morte.
Para o materialista puro, para quem a vida está inteiramente voltada aos bens e gozos materiais, o corpo físico, enquanto vivo, representa tudo. Morto o corpo, tudo se dissolve no nada.
Os espiritualistas em geral admitem a existência de algo além da expressão física - a alma - que sobrevive após a morte.
A destinação da alma, para as correntes espiritualistas, varia muito, de conformidade com suas doutrinas.
A Doutrina dos Espíritos, essa bênção da Espiritualidade Superior em favor de toda a Humanidade, o Consolador prometido e enviado pelo Cristo de Deus, veio aclarar a tormentosa questão da vida, da morte, da existência e da sobrevivência do Espírito.
Para a Doutrina Espírita, o que se denomina morte - o problema maior que tem ocupado o pensamento humano em todos os tempos - faz parte das leis naturais ou divinas, assim como o nascimento.
Nascimento, morte, renascimento são transformações naturais da própria Vida do Espírito imortal, sujeito à evolução natural.
Morte é transformação, não fim.
Por isso, para desmitificar a palavra morte, com sua conotação de fim, desaparecimento total, termo, destruição, conotações milenárias que causam tantos sofrimentos, o Espiritismo prefere substituí-la por desencarnação, que é justamente a separação do Espírito de seu suporte físico de carne.
Mas como a vida do Ser continua, morrer é renascer, é a volta do Espírito à sua pátria verdadeira.
Morrer, pois, é prosseguir vivendo em outra dimensão vibratória, com os sentimentos adquiridos, com a visão espiritual ampliada, com os amores, as alegrias e saudades do ser, mas também com as imperfeições que não conseguiu superar.
Morte não é o sono eterno, mas, sim, a libertação do Espírito, enquanto não retorna à carne, em nova e laboriosa existência.
Para a Nova Luz, a morte, longe de ser a porta para o nada, é a continuação da vida eterna. Em lugar dos fantasmas teológicos, dos dogmas e dos suplícios infernais, ela acena com a esperança, que todos pode­mos cultivar sem medos.
Fonte: Editorial da revista Reformador, da FEB, de novembro de 1999

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Receba essas lindas rosas no seu coração.

Um bloco com algumas mensagens simples, de rápida leitura (os grifos em negrito são meus), mas de grande importância para que possamos viver bem, para conseguirmos sobreviver a situações que fazem parte de nosso cotidiano, seja nos nossos lares, no trabalho, como em qualquer lugar que estivermos.
Muitas vezes nós achamos que a vida em comum com alguem ao nosso redor está difícil, mas se a gente prestar atenção nos nossos atos, vamos ver que podemos fazer "aquele algo a mais", que vai resultar numa grande diferença nos relacionamentos, seja entre cônjuges, irmãos, pais e filhos, amigos, clientes, pacientes, etc.
Faça uma reflexão você também. Será que em suas relações não está faltando uma boa dose de brandura?
Na minha está, e vou tentar corrigir-me.
Receba essas lindas rosas no seu coração.
Grande abraço para todos.
Ronaldo São Romão Sanches

Insuperável brandura
Quando você for defrontado por alguém violento, que o agrida verbalmente ou o ameace fisicamente, recorde-se de que ele é muito infeliz.
Todo aquele que não recebeu amor na infância ou foi vítima de insucessos emocionais, sempre perde o endereço de si mesmo e se torna inimigo dos outros.
Conceda-lhe a graciosa dádiva da bondade que não o torna mais desventurado. Não há quem resista a um indisfarçável gesto de benevolência.
***
Surpreendido pela astúcia dos perversos, sempre hábeis na arte de infligir sofrimentos aos outros, tenha em mente que eles são também impiedosos para consigo mesmos.
A sua desorientação provém de experiências amargas, nas quais sofreram crueldades e abandono.
Proporcione-lhes o ensejo de despertar, dando-lhes compreensão. Ninguém recusa amor, mesmo que, aparentemente reaja com aspereza, o que é falta de hábito em recebê-lo.
***
No pandemônio da revolta que grassa violenta em toda parte, anunciando desastres morais e conjunturas físicas dolorosas, reserve-se o direito de permanecer em paz.
O aturdimento que procede de alguns poucos, facilmente contamina o grupo social que se perturba. O agitador, é alguém que se sentiu desrespeitado nos seus direitos de criança e, na ocasião, não soube administrar a ira nem a frustração, agora tornadas bandeiras de comportamento doentio.
Seja amistoso para com ele, apresentando-lhe o outro lado da existência humana. O ser carente vive armado contra tudo e todos, até o momento em que se sente rociado pela presença da brandura.
***
No crepitar das labaredas das acusações e calúnias contra alguém, gerando situações asfixiantes e más, continue portador de generosidade para com a vítima.
Quem delinqüe, perde-se no labirinto de terríveis alucinações morais.
Não fustigue mais o desditoso, antes aplique temperança para com ele. O solo que arde, não pode receber mais calor, e sim, água refrescante que lhe diminua e aplaque a temperatura elevada.
Todos somos sensíveis à compreensão de alguém para conosco.
Perseguido pela inveja ou malsinado pela insensatez daquele que não gosta de você, resguarde-se na compaixão para com ele.
A insegurança que o leva a afligi-lo é resultado da família com a qual viveu e de quem somente recebeu lições de impiedade e malquerença.
Ele gostaria, por certo, de ser como você, e, na impossibilidade de que se dá conta, tenta amargurá-lo.
Ofereça-lhe o silêncio em resposta de brandura, que o alcançará inexoravelmente, alterando-lhe a atitude interior. Nada pode detê-la, e quem a recebe jamais prossegue como antes.
***
Na raiz de muitos males, que afligem e desconcertam a criatura, o desamor de que foi objeto, na atual ou em anterior reencarnação, é o responsável pelo seu transtorno.
Naturalmente, quem lhe experimenta o aguilhão impiedoso deseja libertar-se, defendendo-se e acusando, reagindo.
Não existe, porém, defesa real quando se agride nem se conquista harmonia quando se entra em debates de violência.
Nunca aceite as injunções do mal nem as arruaças dos desordeiros, simplesmente deixando de conceder-lhes consideração.
Você cresce na vertical do amor, tendo por dever levantar caídos e nunca torná-los mais vulneráveis ao mal que neles reside.
Viva com brandura e esparza-a, tornando o mundo melhor e as criaturas menos desesperadas.
Somente quem ama e se reveste de bondade pode resistir aos conflitos e desafios perturbadores da sociedade agressiva que prefere ignorar o Bem.
(Divaldo Pereira Franco por Marco Prisco. In: Luzes do alvorecer)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Encontro e desencontro de casais é tema de seminário

A Sociedade  Espírita Castro Alves vem convidar a todos para o seminário com o tema: Encontro e desencontro de casais.
Será no dia 22 de outubro, sábado, às 15:00 horas.
Expositor: Pedro Lobo
Local: Rua Alexandre Farah, 255 -  Bairro Amambai
Campo Grande-MS
Apoio: Instituto de Cultura Espírita de MS e Cruzada dos Militares Espíritas de MT / MS.

No  Mês de outubro comemoramos Kardec, seu nascimento e sua obra

Arte Boa Nova apresenta "Além da vida física, prepondera o nosso Amor - Depoimentos

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O Juiz reto

Ao tribunal de Eliaquim Bem Jefté, juiz respeitável e sábio, compareceu o negociante Jonatan Bem Cafar arrastando Zorobabel, miserável mendigo.
- Este homem – clamou o comerciante, furioso – impingiu-me um logro de vastas proporções! Vendeu-me um colar de pérolas falsas, por cinco peças de ouro, asseverando que valiam cinco mil. Comprei as jóias, crendo haver realizado excelente negócio, descobrindo, afinal, que o preço delas é inferior a dois ovos cozidos. Reclamei diretamente contra o mistificador, mas este vagabundo já me gastou o rico dinheiro. Exijo para ele as penas da justiça! É ladrão reles e condenável!
O magistrado, porém, que cultuava a Justiça Suprema, recomendou que o acusado se pronunciasse por sua vez:
- Grande juiz – disse ele, timidamente -, reconheço haver transgredido os regulamentos que nos regem. Entretanto, tenho meus dois filhos estirados na cama e debalde procuro trabalho digno, pois mo recusam sempre, a pretexto de minha idade e de minha pobre apresentação. Realmente, enganei o meu próximo e sou criminoso, mas prometo resgatar meu débito logo que puder.
O juiz meditou longamente e sentenciou:
- Para Zorobabel, o mendigo, cinco bastonadas entre quatro paredes, a fim de que aprenda a sofrer honestamente, sem assalto à bolsa dos semelhantes, e, para Jonatan, o mercador, vinte bastonadas, na praça pública, de modo a não mais abusar dos humildes.
O negociante protestou, revoltado:
- Que ouço?! Sou vítima de um ladrão e devo pagar por faltas que não cometi? Iniquidade! Iniquidade!
O magistrado, todavia, bateu forte com um martelo sobre a mesa, chamando a atenção dos presentes, e esclareceu em voz alta:
- Jonatan bem Cafar, a justiça verdadeira não reside na Terra para examinar as aparências. Zorobabel, o vagabundo, chefe de uma família infeliz, furtou-te cinco peças de ouro, no propósito de socorrer os filhos desventurados, porém, tu, por tua vez, tentaste roubar dele, valendo-te do infortúnio que o persegue, apoderando-te de um objeto que acreditaste valer cinco mil peças de ouro ao preço irrisório de cinco. Quem é mais nocivo à sociedade, perante Deus: o mísero esfomeado que rouba um pão, a fim de matar a fome dos filhos, ou o homem já atendido pela Bondade do Eterno, com os dons da fortuna e da habilidade, que absorve para si uma padaria inteira, a fim de abusar, calculadamente, da alheia inteligência? Quem furta por necessidade pode ser um louco, mas quem acumula riquezas, indefinidamente, sem movimentá-las no trabalho construtivo ou na prática do bem, com absoluta despreocupação pelas angústias dos pobres, muita vez passará por inteligente e sagaz, aos olhos daqueles que, no mundo, adormeceram no egoísmo e na ambição desmedida, mas é malfeitor diante do Todo Poderoso que nos julgará a todos, no momento oportuno.
E, sob a vigilância de guardas robustos, Zorobabel tomou cinco bastonadas em sala de portas lacradas, para aprender a sofrer sem roubar, e Jonatan apanhou vinte, na via pública, de modo a não mais explorar, sem escrúpulos, a miséria, a simplicidade e a confiança do povo.
 
Do livro "Alvorada Cristã", Neio Lúcio (Espírito), Francisco Cândido Xavier (psicografia)

domingo, 16 de outubro de 2011

Uma nova medicina para um novo milênio

Uma nova medicina para um novo milênio, leia este e outros artigos interessantes da Revista Saúde & Espiritualidade, publicada pela AME-Brasil.

Acontece em Paris, de 29 a 30 de outubro de 2011, o 4o. Congresso Francófono de Medicina e Espiritualidade


Interessante verificarmos a expansão irreversível dessa discussão com relação ao novo olhar da medicina em relação ao ser integral. As pesquisas médicas mais avançadas apontam nessa direção.
O convite para inscrições ao Congresso é da Presidente da AME-Internacional, Dra. Marlene Nobre.

Ronaldo

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ancestrais do homem

As pesquisas sobre a evolução humana ganham novo impulso e voltam-se para além de 4 milhões de anos atrás a partir de duas descobertas recentes, examinadas cuidadosamente apenas ao longo de 2001.

Até 1999, todos os fósseis desenterrados e estudados com precisão se situavam dentro dessa faixa de tempo. No final desse ano, porém, foram achados pedaços de cinco esqueletos no Quênia, na África, que não podem sequer ser classificados entre os australopitecos – que é o nome do gênero, ou conjunto de espécies, das quais teria surgido o gênero humano (ou Homo, como denominam os paleoantropólogos). Os novos fósseis teriam pertencido a uma espécie e a um gênero inteiramente novos – trata-se do Orrorin tugenesis (a primeira palavra indica o gênero e a segunda, a espécie). De acordo com os responsáveis pela descoberta, Brigitte Senut e Martin Pickford, da Expedição Paleontológica do Quênia, esse animal teria vivido há 6 milhões de anos. Doze meses mais tarde, no final de 2000, nova descoberta no mesmo país: o pesquisador Yohannes Hailé-Selassie, da Universidade da Califórnia, EUA, encontra o Ardipithecus ramidus kaddaba, cujos restos mortais teriam entre 5,8 e 5,2 milhões de anos. Os fósseis do gênero Ardipithecus conhecidos até o final dos anos 90 eram bem mais recentes do que essa data: tinham todos aproximadamente 4 milhões de anos.

Australopitecos – Esses achados fornecem a primeira visão do período ainda nebuloso que antecedeu a chegada dos australopitecos – que aconteceu, justamente, por volta de 4 milhões de anos – e devem ajudar a decifrar sua origem e sua posterior evolução. Atualmente, discute-se que tipo de australopiteco, dos vários que se conhecem, teriam levado ao aparecimento do Homo sapiens. A disputa se concentra sobre dois fósseis encontrados em 1999. Um deles, o Australopithecus africanus, foi desenterrado pelo arqueólogo Ronald Clarke na África do Sul. O outro foi achado na Etiópia e batizado de Australopithecus garhi por seus descobridores, os paleoantropólogos Tim White, norte-americano, e Bernhane Asfaw, etíope. 
Os australopitecos formavam um grande grupo de animais parecidos com os chimpanzés. Mas, ao contrário deles, já não andavam sobre quatro patas. Possuíam características humanas, embora apresentassem um cérebro bastante pequeno. Eles também tinham os dentes e o maxilar diferentes, bem maiores e mais pesados que os dos homens. Já se conhecem oito espécies de australopitecos, que viveram entre 4 milhões e 1,5 milhão de anos atrás: além do africanus e do garhi, foram identificados os seguintes Australopithecus: anamensis, afarensis, aethiopicus, boisei, robustus e bahrelghazalli. 
A teoria por enquanto mais aceita indica como provável ancestral humano o afarensis, surgido há cerca de 4 milhões de anos e extinto há uns 2,5 milhões de anos. Além dessa hipótese, existem outras. Os descobridores do garhi acreditam que o afarensis esteja na raiz da humanidade, porém não diretamente. Um pouco antes de se extinguir, ele teria dado origem ao garhi - este, sim, ancestral direto dos homens. O sul-africano Ronald Clarke considera que o afarensis não tem ligação com os seres humanos – ele seria apenas um ramo que não evoluiu. A humanidade teria nascido do africanus.

Homo sapiens – Também é incerto o que transcorreu depois dos australopitecos, pois a paleoantropologia não afirma que eles tenham dado origem diretamente ao Homo sapiens. Antes disso, teriam existido seis espécies primitivas de homem, de crânio um pouco menor que o nosso: o Homo rudolfensis, o Homo habilis, o Homo erectus, o Homo ergaster, o Homo heidelbergensis e o Homo neandertalensis. Até a década passada, era tido como quase certo que o habilis evoluíra dos australopitecos há uns 2,5 milhões de anos, produzindo em seguida o ramo do erectus. E este, um pouco antes de se extinguir, por volta de 500 mil anos atrás, gerou duas novas espécies, o sapiens e o homem de Neandertal. 
Atualmente, essa teoria já não tem grande aceitação. Primeiro, porque os fósseis mais antigos de sapiens que se conhecem têm somente 100 mil anos. Assim, ele não poderia descender do erectus, desaparecido centenas de milhares de anos antes. Talvez tenha havido uma espécie intermediária entre o erectus e o sapiens, mas nenhum dos fósseis desse período desenterrados até agora mostra as características que se esperam encontrar nesse hipotético elo que falta. Além disso, novos estudos feitos em ossos guardados em museus mostram que o rudolfense e o ergáster também podem ser ancestrais diretos da humanidade.

Homem de Neandertal – Resta saber qual o papel do homem de Neandertal na evolução do homem. A tendência, até meados dos anos 90, era considerá-lo um parente afastado da humanidade, podendo ser uma subespécie dos sapiens, com os quais teria, inclusive, relacionamento sexual. Cientistas ainda estudam a possibilidade de que uma criança fóssil, encontrada em 1999 em Portugal pelo arqueólogo João Zilhão, tenha sido filha de pai neandertal e de mãe sapiens. Em 1997, porém, surgiram novas pistas, baseadas em fragmentos de genes retirados de um fóssil de um neandertal morto há 30 mil anos. Esse trabalho inédito mostrou que o neadertal apareceu muito antes do que se considerava – sua origem recuaria até 500 mil anos atrás, e não apenas há pouco mais de 100 mil anos. Além disso, sua constituição genética era bem diversa da nossa. Conclui-se daí que essa espécie certamente conviveu com os primeiros sapiens, atingindo essencialmente o mesmo nível de desenvolvimento tecnológico e cultural, mas não seria seu ancestral nem uma subespécie próxima dele.

Migrações – Em 2000, uma equipe liderada pela italiana Augusta Santachiara-Benerecetti, da Universidade de Pavia, demonstra que os primeiros grupos humanos chegaram à Europa há 1,7 milhão de anos. Eles eram da espécie Homo erectus e estabeleceram-se na Geórgia, na fronteira com a Ásia. Eles parecem ter chegado à região pouco antes de se dirigir para a Austrália. A descoberta mostra que quando o Homo neandertalensis (o homem de Neandertal) aparece na história, cerca de 500 000 anos atrás, a África já não era o único continente povoado por espécies humanas, que se encontravam espalhadas por todo o planeta.
Fonte: Mundo Físico, publicação do Centro de Ciências Tecnológicas - CCT da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Os ancestrais do homem e o Espiritismo

As últimas informações divulgadas na grande imprensa dizem que as semelhanças entre o genoma do homem e o do chimpanzé são de 96%, fato que tem levado vários cientistas à conclusão de que o homem e o chimpanzé tiveram um ancestral comum que teria vivido na Terra há 6 milhões de anos.

Ao tratar do surgimento do homem na Terra, Allan Kardec afirma em sua derradeira obra, “A Gênese”, cap. XI, que, em face da semelhança existente entre o corpo do homem e o do macaco, alguns fisiologistas concluíram que o primeiro é apenas uma transformação do segundo. “Bem pode dar-se – escreveu Kardec no capítulo mencionado – que corpos de macaco tenham servido de vestidura aos primeiros Espíritos humanos, forçosamente pouco adiantados, que viessem encarnar na Terra, sendo essa vestidura mais apropriada às suas necessidades e mais adequadas ao exercício de suas faculdades, do que o corpo de qualquer outro animal.” “Em vez de se fazer para o Espírito um invólucro especial, ele teria achado um já pronto. Vestiu-se então da pele do macaco, sem deixar de ser Espírito humano, como o homem não raro se reveste da pele de certos animais, sem deixar de ser homem.”

O codificador do Espiritismo deixou, porém, bem claro que assim escrevia por hipótese, de modo algum posta como princípio mas formulada apenas para mostrar que a origem do corpo em nada prejudica o Espírito, que é o ser principal, e que a semelhança do corpo do homem com o do macaco não implica paridade entre o seu Espírito e o do macaco.

Concluindo o pensamento, Kardec disse que é provável que os primeiros homens aparecidos na Terra pouco diferissem do macaco pela forma exterior e não muito também pela inteligência. “Em nossos dias – acrescentou – ainda há selvagens que, pelo comprimento dos braços e dos pés e pela conformação da cabeça, têm tanta parecença com o macaco, que só lhes falta ser peludos, para se tornar completa a semelhança.”

Em 1938, setenta anos depois da publicação de “A Gênese”, Emmanuel trouxe informações novas – e não apenas hipóteses – ao entendimento do assunto. Resumidamente, asseverou o mentor espiritual de Chico Xavier em seu livro “A Caminho da Luz”, pp. 30 a 32, que os primeiros antepassados do homem remontam ao período terciário, onde se encontravam, sob a orientação das esferas espirituais, algumas raças de antropóides, no Plioceno inferior.

Esses antropóides e os ascendentes dos símios tiveram a sua evolução em pontos convergentes, daí os parentescos sorológicos entre o organismo do homem moderno e o do chimpanzé. Não houve, porém, propriamente falando, uma "descida da árvore", no início da evolução humana. As forças espirituais que dirigem os fenômenos terrestres, sob a orientação de Jesus, estabeleceram uma linhagem definitiva para todas as espécies, dentro das quais o princípio espiritual encontraria o processo do seu acrisolamento, em marcha para a racionalidade.

Os antropóides das cavernas espalharam-se, aos grupos, pela superfície do globo, ao longo dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando os pródromos das raças futuras. Extraordinárias experiências foram realizadas então pelos mensageiros do invisível, até fixarem no "primata" os característicos aproximados do homem futuro.

Os séculos correram, até que um dia os Espíritos operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual preexistente dos homens primitivos, surgindo assim os primeiros selvagens de compleição melhorada, tendendo à elegância dos tempos futuros.

Estas informações trazidas por Emmanuel não fazem, evidentemente, parte do corpo doutrinário do Espiritismo, pelo simples fato de serem revelações singulares, mas é bom considerá-las com a devida atenção, em respeito ao seu autor e ao médium utilizado, cabendo, todavia, ao tempo – e somente ao tempo – confirmá-las ou desmenti-las.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Código penal da vida futura

O Código penal da vida futura faz parte do capítulo VII - As Penas Futuras Segundo o Espiritismo, da obra de Allan Kardec (1804-1869), O Céu e o Inferno.
O Espiritismo não vem, pois, com sua autoridade privada, formular um código de fantasia; a sua lei, no que respeita ao futuro da alma, deduzida das observações do fato, pode resumir-se nos seguintes pontos:

1º - A alma ou Espírito sofre na vida espiritual as conseqüências de todas as imperfeições que não conseguiu corrigir na vida corporal. O seu estado, feliz ou desgraçado, é inerente ao seu grau de pureza ou impureza.

2º A completa felicidade prende-se à perfeição, isto é, à purificação completa do Espírito. Toda imperfeição é, por sua vez, causa de sofrimento e de privação de gozo, do mesmo modo que toda perfeição adquirida é fonte de gozo e atenuante de sofrimentos.

3º - Não há uma única imperfeição da alma que não importe funestas e inevitáveis conseqüências, como não há uma só qualidade boa que não seja fonte de um gozo.

A soma das penas é, assim, proporcionada à soma das imperfeições, como a dos gozos à das qualidades.

A alma que tem dez imperfeições, por exemplo, sofre mais do que a que tem três ou quatro; e quando dessas dez imperfeições não lhe restar mais que metade ou um quarto, menos sofrerá.

De todo extintas, então a alma será perfeitamente feliz. Também na Terra, quem tem muitas moléstias, sofre mais do que quem tenha apenas uma ou nenhuma. Pela mesma razão, a alma que possui dez perfeições, tem mais gozos do que outra menos rica de boas qualidades.

4º - Em virtude da lei do progresso que dá a toda alma a possibilidade de adquirir o bem que lhe falta, como de despojar-se do que tem de mau, conforme o esforço e vontade próprios, temos que o futuro é aberto a todas as criaturas. Deus não repudia nenhum de seus filhos, antes recebe-os em seu seio à medida que atingem a perfeição, deixando a cada qual o mérito das suas obras.

5º - Dependendo o sofrimento da imperfeição, como o gozo da perfeição, a alma traz consigo o próprio castigo ou prêmio, onde quer que se encontre, sem necessidade de lugar circunscrito.

O inferno está por toda parte em que haja almas sofredoras, e o céu igualmente onde houver almas felizes.

6º - O bem e o mal que fazemos decorrem das qualidades que possuímos. Não fazer o bem quando podemos e, portanto, o resultado de uma imperfeição. Se toda imperfeição é fonte de sofrimento, o Espírito deve sofrer não somente pelo mal que fez como pelo bem que deixou de fazer na vida terrestre.

7º - O Espírito sofre pelo mal que fez, de maneira que, sendo a sua atenção constantemente dirigida para as conseqüências desse mal, melhor compreende os seus inconvenientes e trata de corrigir-se.

8º - Sendo infinita a justiça de Deus, o bem e o mal são rigorosamente considerados, não havendo uma só ação, um só pensamento mau que não tenha conseqüências fatais, como não na uma única ação meritória. um só bom movimento da alma que se perca, mesmo para os mais perversos, por isso que constituem tais ações um começo de progresso.

9º - Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser paga; se o não for em urna existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes, porque todas as existências são solidárias entre si. Aquele que se quita numa existência não terá necessidade de pagar segunda vez.

10º - O Espírito sofre, quer no mundo corporal, quer no espiritual, a conseqüência das suas imperfeições. As misérias, as vicissitudes padecidas na vida corpórea, são oriundas das nossas imperfeições, são expiações de faltas cometidas na presente ou em precedentes existências.

Pela natureza dos sofrimentos e vicissitudes da vida corpórea, pode julgar-se a natureza das faltas cometidas em anterior existência, e das imperfeições que as originaram.

11º - A expiação varia segundo a natureza e gravidade da falta, podendo, portanto, a mesma falta determinar expiações diversas, conforme as circunstâncias, atenuantes ou agravantes, em que for cometida.

12º - Não há regra absoluta nem uniforme quanto à natureza e duração do castigo: - a única lei geral é que toda falta terá punição, e terá recompensa todo ato meritório, segundo o seu valor.

13º - A duração do castigo depende da melhoria do Espírito culpado.

Nenhuma condenação por tempo determinado lhe é prescrita. O que Deus exige por termo de sofrimentos é um melhoramento sério, efetivo, sincero, de volta ao bem.

Deste modo o Espírito é sempre o árbitro da própria sorte, podendo prolongar os sofrimentos pela pertinácia no mal, ou suavizá-los e anulá-los pela prática do bem.

Uma condenação por tempo predeterminado teria o duplo inconveniente de continuar o martírio do Espírito renegado, ou de libertá-lo do sofrimento quando ainda permanecesse no mal. Ora, Deus, que é justo, só pune o mal enquanto existe, e deixa de o punir quando não existe mais (1); por outra, o mal moral, sendo por si mesmo causa de sofrimento, fará este durar enquanto subsistir aquele, ou diminuirá de intensidade à medida que ele decresça.

    (1) Vede cap. VI, nº 25, citação de Ezequiel.

14º - Dependendo da melhoria do Espírito a duração do castigo, o culpado que jamais melhorasse sofreria sempre, e, para ele, a pena seria eterna.

15º - Uma condição inerente à inferioridade dos Espíritos é não lobrigarem o termo da provação, acreditando-a eterna, como eterno lhes parece deva ser um tal castigo. (2)

    (2) Perpétuo é sinônimo de eterno. Diz-se o limite das neves perpétuas; o eterno gelo dos pólos; também se diz o secretário perpétuo da Academia, o que não significa que o seja ad perpetuam, mas unicamente por tempo ilimitado. Eterno e perpétuo se empregam, pois, no sentido de indeterminado. Nesta acepção pode dizer-se que as penas são eternas, para exprimir que não têm duração limitada; eternas, portanto, para o Espírito que lhes não vê o termo.

16º - O arrependimento, conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a expiação e a reparação.

Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências. O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa. Do contrário, o perdão seria uma graça, não uma anulação.

17º - O arrependimento pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo.

Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são conseqüentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.

A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros numa existência, por fraqueza ou má-vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas que de si tiverem queixas, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito. Nem todas as faltas acarretam prejuízo direto e efetivo; em tais casos a reparação se opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo os deveres desprezados, as missões não preenchidas; praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se se tem sido orgulhoso, amável se se foi austero, caridoso se se tem sido egoísta, benigno se se tem sido perverso, laborioso se se tem sido ocioso, útil se se tem sido inútil, frugal se se tem sido intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetrados. E desse modo progride o Espírito, aproveitando-se do próprio passado. (1)

    (1) A necessidade da reparação é um princípio de rigorosa justiça. que se pode considerar verdadeira lei de reabilitação morai dos Espíritos. Entretanto, essa doutrina religião alguma ainda a proclamou. Algumas pessoas repelem-na porque acham mais cômodo o poder quitarem-se das más ações por um simples arrependimento, que não custa mais que palavras, por meio de algumas fórmulas; contudo, crendo-se, assim, quites, verão mais tarde se isso lhes bastava. Nós poderíamos perguntar se esse principio não é consagrado pela lei humana, e se a justiça divina pode ser inferior à dos homens? E mais, se essas leis se dariam por desafrontadas desde que o indivíduo que as transgredisse, por abuso de confiança, se limitasse a dizer que as respeita infinitamente.

    Por que hão de vacilar tais pessoas perante uma obrigação que todo homem honesto se impõe como dever, segundo o grau de suas forças?

    Quando esta perspectiva de reparação for inculcada na crença das massas, será um outro freio aos seus desmandos, e bem mais poderoso que o inferno e respectivas penas eternas, visto como interessa a vida em sua plena atualidade, podendo o homem compreender a procedência das circunstâncias que a tornam penosa, ou a sua verdadeira situação.

18º - Os Espíritos imperfeitos são excluídos dos mundos felizes, cuja harmonia perturbariam. Ficam nos mundos inferiores a expiarem as suas faltas pelas tribulações da vida, e purificando-se das suas imperfeições até que mereçam a encarnação em mundos mais elevados, mais adiantados moral e fisicamente. Se se pode conceber um lugar circunscrito de castigo, tal lugar é, sem dúvida, nesses mundos de expiação, em torno dos quais pululam Espíritos imperfeitos, desencarnados à espera de novas existências que lhes permitam reparar o mal, auxiliando-os no progresso.

19º - Como o Espírito tem sempre o livre-arbítrio, o progresso por vezes se lhe torna lento, e tenaz a sua obstinação no mal. Nesse estado pode persistir anos e séculos, vindo por fim um momento em que a sua contumácia se modifica pelo sofrimento, e, a despeito da sua jactância, reconhece o poder superior que o domina.

Então, desde que se manifestam os primeiros vislumbres de arrependimento, Deus lhe faz entrever a esperança. Nem há Espírito incapaz de nunca progredir, votado a eterna inferioridade, o que seria a negação da lei de progresso, que providencialmente rege todas as criaturas.

20º - Quaisquer que sejam a inferioridade e perversidade dos Espíritos, Deus jamais os abandona. Todos têm seu anjo de guarda (guia) que por eles vela, na persuasão de suscitar-lhes bons pensamentos, desejos de progredir e, bem assim, de espreitar-lhes os movimentos da alma, com o que se esforçam por reparar em uma nova existência o mal que praticaram. Contudo, essa interferência do guia faz-se quase sempre ocultamente e de modo a não haver pressão, pois que o Espírito deve progredir por impulso da própria vontade, nunca por qualquer sujeição.

O bem e o mal são praticados em virtude do livre-arbítrio, e, conseguintemente, sem que o Espírito seja fatalmente impelido para um ou outro sentido.

Persistindo no mal, sofrerá as conseqüências por tanto tempo quanto durar a persistência, do mesmo modo que, dando um passo para o bem, sente imediatamente benéficos efeitos.

OBSERVAÇÃO - Erro seria supor que, por efeito da lei de progresso, a certeza de atingir cedo ou tarde a perfeição e a felicidade pode estimular a perseverança no mal, sob a condição do ulterior arrependimento: primeiro porque o Espírito inferior não se apercebe do termo da sua situação; e segundo porque, sendo ele o autor da própria infelicidade, acaba por compreender que de si depende o fazê-la cessar; que por tanto tempo quanto perseverar no mal será infeliz; finalmente, que o sofrimento será intérmino se ele próprio não lhe der fim. Seria, pois, um cálculo negativo, cujas conseqüências o Espírito seria o primeiro a reconhecer. Com o dogma das penas irremissíveis é que se verifica, precisamente, tal hipótese, visto como é para sempre interdita qualquer idéia de esperança, não tendo pois o homem interesse em converter-se ao bem, para ele sem proveito.

Diante dessa lei, cai também a objeção extraída da presciência divina, pois Deus, criando uma alma, sabe efetivamente se, em virtude do seu livre-arbítrio, ela tomará a boa ou a má estrada; sabe que ela será punida se fizer o mal; mas sabe também que tal castigo temporário é um meio de fazê-la compreender o erro, cedo ou tarde entrando no bom caminho. Pela doutrina das penas eternas conclui-se que Deus sabe que essa alma falirá e, portanto, que está previamente condenada a torturas infinitas.

21º - A responsabilidade das faltas é toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios, salvo se a eles deu origem, quer provocando-os pelo exemplo, quer não os impedindo quando poderia fazê-lo.

Assim, o suicida é sempre punido; mas aquele que por maldade impele outro a cometê-lo, esse sofre ainda maior pena.

22º - Conquanto infinita a diversidade de punições, algumas há inerentes à inferioridade dos Espíritos, e cujas conseqüências, salvo pormenores, são pouco mais ou menos idênticas.

A punição mais imediata, sobretudo entre os que se acham ligados à vida material em detrimento do progresso espiritual, faz-se sentir pela lentidão do desprendimento da alma; nas angústias que acompanham a morte e o despertar na outra vida, na conseqüente perturbação que pode dilatar-se por meses e anos.

Naqueles que, ao contrário, têm pura a consciência e na vida material já se acham identificados com a vida espiritual, o trespasse é rápido, sem abalos, quase nula a turbação de um pacífico despertar.

23º - Um fenômeno mui freqüente entre os Espíritos de certa inferioridade moral é o acreditarem-se ainda vivos, podendo esta ilusão prolongar-se por muitos anos, durante os quais eles experimentarão todas as necessidades, todos os tormentos e perplexidades da vida.

24º - Para o criminoso, a presença incessante das vitimas e das circunstâncias do crime é um suplício cruel.

25º - Espíritos há mergulhados em densa treva; outros se encontram em absoluto insulamento no Espaço, atormentados pela ignorância da própria posição, como da sorte que os aguarda. Os mais culpados padecem torturas muito mais pungentes por não lhes entreverem um termo.

Alguns são privados de ver os seres queridos, e todos, geralmente, passam com intensidade relativa pelos males, pelas dores e privações que a outrem ocasionaram. Esta situação perdura até que o desejo de reparação pelo arrependimento lhes traga a calma para entrever a possibilidade de, por eles mesmos, pôr um termo à sua situação.

26º - Para o orgulhoso relegado às classes inferiores. é suplício ver acima dele colocados, cheios de glória e bem-estar, os que na Terra desprezara. O hipócrita vê desvendados, penetrados e lidos por todo o mundo os seus mais secretos pensamentos, sem que os possa ocultar ou dissimular; o sátiro, na impotência de os saciar, tem na exaltação dos bestiais desejos o mais atroz tormento; vê o avaro o esbanjamento inevitável do seu tesouro, enquanto que o egoísta, desamparado de todos, sofre as conseqüências da sua atitude terrena; nem a sede nem a fome lhe serão mitigadas, nem amigas mãos se lhe estenderão às suas mãos súplices; e pois que em vida só de si cuidara, ninguém dele se compadecerá na morte.

27º - O único meio de evitar ou atenuar as conseqüências futuras de uma falta, está no repará-la, desfazendo-a no presente. Quanto mais nos demorarmos na reparação de uma falta, tanto mais penosas e rigorosas serão, no futuro, as suas conseqüências.

28º - A situação do Espírito, no mundo espiritual, não é outra senão a por si mesmo preparada na vida corpórea.

Mais tarde, outra encarnação se lhe faculta para novas provas de expiação e reparação, com maior ou menor proveito, dependentes do seu livre-arbítrio; e se ele não se corrige, terá sempre uma missão a recomeçar, sempre e sempre mais acerba, de sorte que pode dizer-se que aquele que muito sofre na Terra, muito tinha a expiar; e os que gozam uma felicidade aparente, em que pesem aos seus vícios e inutilidades, paga-la-ão mui caro em ulterior existência. Nesse sentido foi que Jesus disse: - "Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados," (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V.)

29º - Certo, a misericórdia de Deus é infinita, mas não é cega. O culpado que ela atinge não fica exonerado, e, enquanto não houver satisfeito à justiça, sofre a conseqüência dos seus erros. Por infinita misericórdia, devemos ter que Deus não é inexorável, deixando sempre viável o caminho da redenção.

30º - Subordinadas ao arrependimento e reparação dependentes da vontade humana, as penas, por temporárias, constituem concomitantemente castigos e remédios auxiliares à cura do mal. Os Espíritos, em prova, não são, pois, quais galés por certo tempo condenados, mas como doentes de hospital sofrendo de moléstias resultantes da própria incúria, a compadecerem-se com meios curativos mais ou menos dolorosos que a moléstia reclama, esperando alta tanto mais pronta quanto mais estritamente observadas as prescrições do solícito médico assistente. Se os doentes, pelo próprio descuido de si mesmos, prolongam a enfermidade, o médico nada tem que ver com isso.

31º - As penas que o Espírito experimenta na vida espiritual ajuntam-se as da vida corpórea, que são conseqüentes às imperfeições do homem, às suas paixões, ao mau uso das suas faculdades e à expiação de presentes e passadas faltas. z na vida corpórea que o Espírito repara o mal de anteriores existências, pondo em prática resoluções tomadas na vida espiritual. Assim se explicam as misérias e vicissitudes mundanas que, à primeira vista, parecem não ter razão de ser. Justas são elas, no entanto, como espólio do passado - herança que serve à nossa romagem para a perfectibilidade. (1)

    (1) Vede 1ª' Parte, cap. V, "O purgatório", nº 3 e seguintes; e, após, 2ª Parte, cap. VIII, "Expiações terrestres". Vede, também, O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, "Bem-aventurados os aflitos".

32º - Deus, diz-se, não daria prova maior de amor às suas criaturas, criando-as infalíveis e, por conseguinte, isentas dos vícios inerentes à imperfeição? Para tanto fora preciso que Ele criasse seres perfeitos, nada mais tendo a adquirir, quer em conhecimentos, quer em moralidade. Certo, porém, Deus poderia fazê-lo, e se o não fez é que em sua sabedoria quis que o progresso constituísse lei geral. Os homens são imperfeitos, e, como tais, sujeitos a vicissitudes mais ou menos penosas. E pois que o fato existe, devemos aceitá-lo.

Inferir dele que Deus não é bom nem justo, fora insensata revolta contra a lei.

injustiça haveria, sim, na criação de seres privilegiados, mais ou menos favorecidos, fruindo gozos que outros porventura não atingem senão pelo trabalho, ou que jamais pudessem atingir. Ao contrário, a justiça divina patenteia-se na igualdade absoluta que preside à criação dos Espíritos; todos têm o mesmo ponto de partida e nenhum se distingue em sua formação por melhor aquinhoado; nenhum cuja marcha progressiva se facilite por exceção: os que chegam ao fim, têm passado, como quaisquer outros, pelas fases de inferioridade e respectivas provas.

Isto posto, nada mais justo que a liberdade de ação a cada qual concedida. O caminho da felicidade a todos se abre amplo, como a todos as mesmas condições para atingi-la. A lei, gravada em todas as consciências, a todos é ensinada. Deus fez da felicidade o prêmio do trabalho e não do favoritismo, para que cada qual tivesse seu mérito.

Todos somos livres no trabalho do próprio progresso, e o que muito e depressa trabalha, mais cedo recebe a recompensa. O romeiro que se desgarra, ou em caminho perde tempo, retarda a marcha e não pode queixar-se senão de si mesmo.

O bem como o mal são voluntários e facultativos: livre, o homem não é fatalmente impelido para um nem para outro.

33º - Em que pese à diversidade de gêneros e graus de sofrimentos dos Espíritos imperfeitos, o código penal da vida futura pode resumir-se nestes três princípios:

1º - O sofrimento é inerente à imperfeição.

2º - Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas conseqüências naturais e inevitáveis: assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que haja mister de uma condenação especial para cada falta ou indivíduo.

3º - Podendo todo homem libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente anular os males consecutivos e assegurar a futura felicidade.

A cada um segundo as suas obras, no Céu como na Terra: - tal é a lei da Justiça Divina.