quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Raul Teixeira - Programa Vida e Valores - Perturbações religiosas parte 1

Raul Teixeira é Orador Espírita. Natural da cidade de Niterói-RJ, é licenciado em Física pela Universidade Federal Fluminense, tem Mestrado e Doutorado em Educação pela UNESP. É Professor da Universidade Federal Fluminense, em Niterói e Membro das Comissões de Avaliação Institucional do MEC - Ministério de Educação e Cultura.

Aplicação do passe

A mentora espiritual Joanna de Ângelis, no livro "Florações Evangélicas", afirma, referindo-se à aplicação do passe: "Recorre aos recursos espíritas; ora, e ora sempre, para adquirires resistência contra o mal que infelizmente ainda reside em nós; permuta conversação eliecida, pois que as boas palavras renovam as disposições espirituais; utiliza o recurso do passe socorrista, rearticulando as forças em desalinho; sorve um vaso de água fluidificada, restaurando a harmonia das células em desajustamento e, sobretudo, realiza o bom serviço."
Surgiu nas eras mais remotas. Segundo alguns historiadores, os sacerdotes do antigo Egito eram iniciados nos segredos do magnetismo. Portanto, não surgiu com Mesmer, como muitos acreditam. Pois, já no século XVII Van Helmont utilizava o termo "magnetismo animal".
Tempos depois, em 1814, o médico inglês Jaime Braid, profundamente impressionado com as experiências de Charles Lafontaine, criou as bases do hipnotismo moderno. Havia uma diferença, entretanto, entre Mesmer e Braid: o primeiro era materialista e o segundo espiritualista.
Allan_Kardec, referindo-se às pessoas possuidoras de força_magnética, considera-as uma variedade de médiuns, quando declara na questão 175 de O Livro dos Médiuns: "Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente (...)." ...
Quanto a Jesus, o Mestre bem-amado, devido à sua iluminadíssima perfeição espiritual, possuía uma força magnética que curava com um simples toque do doente em suas vestes. Basta examinarmos o Evangelho de Lucas (8:43-46).
Senão, vejamos: "E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada. Chegando por detrás dele tocou na orla do seu vestido, e logo estancou o fluxo do seu sangue." E disse Jesus: "Quem é que me tocou? Pois saiu de mim uma virtude."
Essa virtude, saída dEle, e que a todos curava de imediato, era devido à elevadíssima força_moral e espiritual do Mestre, já o dissemos, a qual, aliada à sua vontade, agia fortemente sobre seus fluidos regeneradores, curando a quantos se lhe aproximavam.
Hoje em dia, essa virtude é denominada fluido magnético, que todos nós possuímos, mas da qual ainda não podemos fazer idéia precisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
(*) Michaelus. Magnetismo Espiritual. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995, p. 12.
Revista Reformador Abril de 2002 - RILDO G. MOURA
Matéria extraída do GUIA - HEU

A imortal Serenata de Schubert em solo de trompetes


A apresentação dos trompetistas Eddie Calvert (1922-1978) e Nini Rosso (1926-1994) é emocionante.

Por que adoecemos?

Programa nº 63, entrevista com Orson Peter Carrara, assista ao Programa Transição:

Evangelizar Para Formar

Quando o serviço de evangelização espírita infantil teve início nos Centros Espíritas, se caracterizava como aula de moral cristã, bem ao modo católico da catequese. Com o tempo e a influência de diversos pensadores e educadores espíritas, currículos foram organizados. ciclos foram implantados e os cursos de capacitação se multiplicaram. Hoje temos várias propostas pedagógicas de evangelização espírita infantil, mas o modelo tradicional de aulas formatadas de acordo com um currículo padrão organizado não pelo Centro Espírita, prevalece. Nesse modelo não se leva em conta o perfil dos educandos, nem de suas famílias, assim como os evangelizadores tendem a repetir as aulas ano após ano, sem o uso da criatividade.
Educar não é simplesmente transmitir conteúdos e fazer com que os educandos os deco-rem. Eles devem assimilar o conteúdo, pensá-lo e saber aplicá-lo na vida. Para isso devem ter sua capacidade mental e seu crescimento físico respeitados. Não se pode ensinar sobre Deus para crianças até sete anos com uma aula teórica, sem concretizar os conceitos. Também não adianta cantar músicas e mais músicas se as letras não são trabalhadas, se as músicas não estão adequa-das para aquele grupo de educandos.
Muitos ex-frequentadores da evangelização espírita infantil não se tornam espíritas nem se fixam no Centro Espírita. Por quê? É fácil responder: porque apenas passaram pela evangelização, não foram trabalhados para terem sua consciência formada, despertada para os verdadeiros valores da vida.
Os dirigentes espíritas, assim como os evangelizadores, precisam ler e estudar mais sobre pedagogia e psicologia, principalmente a literatura desenvolvida pelos próprios espíritas como J. Herculano Pires, Dora Incontri, Adalgiza Balieiro, Lydiênio B. de Menezes, Ney Lobo, Rita Foelker e outros, que descortinam o pensamento espírita sobre educação e trabalham propostas pedagógicas que levam em consideração o espírito imortal que todos somos e a influência do processo reencarnatório nesse mesmo espírito.
O Centro Espírita necessita dinamizar o processo de evangelização infantil e fugir ao velho modelo de copiar o que se faz nas escolas ou em outras denominações religiosas. A evangelização espírita infantil não é sinônimo de catequese espírita e o Evangelho, por ser ensino vivo, exige vida e não letras mortas em folhas de papel e discursos que não brotam do coração.
Evangelizar é semear o Evangelho nas mentes e corações dos espíritos que reiniciam a jornada terrena, para que eles mesmos possam construir um mundo mergulhado no bem.
Marcus De Mario é educador e escritor. É diretor do Instituto Brasileiro de Educação Moral e colaborador do Centro Espírita Humilddae e Amor, na cidade do Rio de Janeiro-RJ.
Artigo publicado no site Orientação Espírita.

Clariaudiência e Clarividência

[...] Os termos clariaudiência e clarividência traduzem a faculdade, que algumas pessoas têm, de ouvir o que para os outros é inaudível, e de ver o que normalmente ninguém vê. [...]
Referência:
FINDLAY, J. Arthur. No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada. Traduzido do inglês por Luiz O. Guillon Ribeiro. Prefácio de Sir William Barret. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 1981. - cap. 4

O que é Espiritismo?

Fala-se muito em Espiritismo, mas quase nada se sabe a seu respeito.  Kardec afirma, na introdução de "O Livro dos Espíritos", que a força do Espiritismo não está nos fenômenos, como geralmente se pensa, mas na sua "filosofia", o que vale dizer na sua mundividência, na sua concepção da realidade.  Mas de onde vem essa concepção? Como foi elaborada?
Os adversários do Espiritismo desconhecem tudo a respeito e fazem tremenda confusão.  Os próprios Espíritas, por sua vez, na sua esmagadora maioria estão na mesma situação. Por quê? É fácil explicar. Os adversários partem do preconceito e agem por precipitação. Os espíritas, em geral, fazem o mesmo: formulam uma idéia pessoal da Doutrina, um estereótipo mental a que se apegaram. A maioria, dos dois lados, se esquece desta coisa importante: o Espiritismo é uma doutrina que existe nos livros e precisa ser estudada.  Trata-se, pois, não de fazer sessões, provocar fenômenos, procurar médiuns, mas de debruçar o pensamento sobre si mesmo, examinar a concepção espírita do mundo e reajustar a ela a conduta através da moral espírita.
Assim, temos alguns dados: o Espiritismo é uma doutrina sobre o mundo, dá-nos a sua interpretação e nos mostra como nos devemos conduzir nele. Mas como nasceu essa doutrina, em que cabeça apareceu pela primeira vez? Dizem que foi na de Allan Kardec, mas não é verdade. O próprio Kardec nos diz o contrário. Os dados históricos nos revelam o seguinte: o Espiritismo se formou lentamente através da observação e da pesquisa científica dos fenômenos espíritas, hoje, parapsicologicamente, chamados de fenômenos paranormais. Os estudos científicos começaram seis anos antes de Kardec, nos Estados Unidos, com o famoso caso das irmãs Fox em Hydesville. Quando Kardec iniciou as suas pesquisas na França, em 1845, já havia uma grande bibliografia espírita, com a denominação de neo-espiritualista, nos Estados Unidos e na Europa. Mas foi Kardec quem aprofundou e ordenou essas pesquisas, levando-as às necessárias conseqüências filosóficas, morais e religiosas.
"O Livro dos Espíritos" nos oferece a súmula do trabalho gigantesco de Kardec. Mas se quisermos conhecer esse trabalho em profundidade temos de ler toda a bibliografia kardeciana: os cinco volumes da codificação doutrinária, os volumes subsidiários e mais os doze volumes da Revista Espírita, que nos oferecem o registro minucioso das pesquisas realizadas na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. E precisamos nos interessar também pelos trabalhos posteriores de Camille Flammarion, de Gabriel Dellane, de Ernesto Bozzano, de Léon Denis (que foi o continuador e o consolidador do trabalho de Kardec).
Veremos, assim, que Kardec partiu da pesquisa científica, originando-se desta a Ciência Espírita; desenvolveu, a seguir, a interpretação dos resultados da pesquisa, que resultou na Filosofia Espírita; tirou, depois, as conclusões morais da concepção filosófica, que levaram naturalmente à Religião Espírita. É por isso que o Espiritismo se apresenta como doutrina de tríplice aspecto.  A Ciência Espírita é o fundamento da Doutrina. Sobre ela se ergue a Filosofia Espírita. E desta resulta naturalmente a Religião Espírita. Muitas pessoas se atrapalham com isso e perguntam: "Como uma doutrina pode ser ao mesmo tempo Ciência, Filosofia e Religião?" Mas essa pergunta revela a ignorância do processo gnoseológico. Porque, na verdade, o conhecimento se desenvolve nessa mesma seqüência e em todas as formas atuais de conhecimento repete-se o processo filogenético.
No Espiritismo, porém, esse processo aparece bem preciso, bem marcado por suas fases sucessivas, entrosadas numa seqüência lógica. Podem alguns críticos alegar que Kardec não partiu da pesquisa, mas da crença. Alguns chegam a afirmar que foi assim, que ele já acreditava nas comunicações espíritas antes de iniciar o seu trabalho de investigação. Mas essa afirmação é falsa, a suposição é gratuita. Basta uma consulta às anotações intimas de "Obras Póstumas" e às biografias do mestre para se ver o contrário. Quando lhe falaram pela primeira vez em mesinhas falantes, Kardec respondeu como o fazem os céticos de hoje: "Isso é conversa para fazer dormir em pé". Só deixou essa atitude cética depois de constatar a realidade dos fenômenos. Então pesquisou, aprofundou a questão e levou-a às últimas conseqüências, como era, aliás, de seu hábito, do seu feitio de investigador. Charles Richet lhe faz justiça (embora discordando dele) em seu Tratado de Metapsíquica.
Encarando a obra de Kardec pelo seu aspecto científico, sem os preconceitos que têm impedido a sua justa avaliação, ela nos parece inatacável. Alega-se que o seu  método de pesquisa não era científico, mas foi ele o primeiro a explicar que não se podiam usar na pesquisa psíquica os métodos das ciências físicas. O desenvolvimento da Psicologia provaria, mais tarde, que Kardec estava com a Razão. Hoje, as pesquisas parapsicológicas o confirmam. No tocante ao aspecto filosófico, o desenvolvimento atual das investigações mostram a posição acertada do Espiritismo como doutrina assistemática, "livre dos prejuízos de espírito de sistema", como declara "O Livro dos Espíritos", utilizando a conjugação dos métodos indutivo e dedutivo para o esclarecimento da realidade em seu duplo sentido:  o objetivo e o subjetivo. A Filosofia Espírita se apresenta como antecipação das conquistas atuais do campo filosófico e abertura de perspectivas para o futuro.
José Herculano Pires

O autor, José Herculano Pires (1914-1979) revelou sua vocação literária desde que começou a escrever. Aos 16 anos publicou o seu primeiro livro, Sonhos Azuis (contos) e aos 18 anos o segundo livro Coração (poemas livres e sonetos). Em 1946 publicou o seu primeiro romance, O Caminho do Meio, que mereceu críticas elogiosas de Afonso Schimidt, Geraldo Vieira e Wilson Martins. Repórter, redator, secretário, cronista parlamentar e crítico literário dos Diários Associados onde manteve, também, por quase 20 anos, a coluna espírita com o pseudônimo de Irmão Saulo. Em 1958 bachalerou-se em Filosofia pela Universidade de São Paulo, e pela mesma licenciou-se em Filosofia tendo publicado uma tese existencial: O Ser e a Serenidade. Autor de oitenta e um livros de Filosofia, Ensaios, Histórias, Psicologia, Espiritismo e Parapsicologia sendo a sua maioria inteiramente dedicado ao estudo e divulgação da Doutrina Espírita, e vários em parceria com Chico Xavier. Entre seus livros espíritas, citamos: Introdução à Filosofia Espírita, pela Paidéia; Mediunidade (Vida e Comunicação), pela Edicel; O Espírito e o Tempo, pela Edicel;
Agonia das Religiões, pela Paidéia; Revisão do Cristianismo, pela Paidéia; Ciência Espírita, pela Paidéia. Curso Dinâmico de Espiritismo, pela Paidéia. Centro Espírita, pela Paidéia.
Saiba mais sobre Herculano Pires:
http://www.editorapaideia.com.br/Herculano_Pires/herculano_pires.html

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Inteligência Espiritual (Liderança)

“A vida é como jogar uma bola na parede. Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde; se for jogada uma bola azul, ela voltará azul; se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca; se a bola for jogada com força, ela voltará com força: Por isso, nunca jogue uma bola na vida, de forma que não esteja pronto para recebê-la. A vida não dá nem empresta; não se comove nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos.” (Albert Einstein)
Quando falo sobre Inteligência Espiritual ou Espiritualidade, não me refiro à religião, mas à capacidade de transcender tempo e espaço; da consciência de que nossas atitudes vão muito além deste momento e deste lugar, e de que, como disse Teilhard de Chardin, “não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual, mas seres espirituais tendo uma experiência humana”, ou seja, o ser humano é na verdade um ser essencialmente espiritual.
Quando transcendemos tempo e espaço, percebemos que fazemos parte de algo muito maior, e naturalmente desenvolvemos nossa Inteligência Espiritual, que na sua essência é o amor, que na prática se revela através da solidariedade e do altruísmo.
Uma pessoa espiritualmente inteligente não se vê separado do outro, da comunidade ou do universo. E se você não se sente separado do outro, é bem provável que não faça mal a ele, porque se o fizer, o estará fazendo a si próprio. Se você não se sente separado da natureza, cuidará dela com o mesmo carinho que cuida de si mesmo. Esta é a Regra de Ouro ou Ética da Reciprocidade: “Trate os outros do modo que você mesmo gostaria de ser tratado. Não faça aos outros o que você não quer que façam a você”.
Liderança é cuidar do presente enquanto cria o futuro, e isso é essencialmente espiritual. Nosso mundo passa por uma crise de sustentabilidade e falta de perspectivas para o futuro, e um dos principais motivos é justamente a ausência de líderes que pensem e ajam com base em princípios e valores que rompam os limites do aqui e agora; líderes que elevem seu olhar para além de interesses que apenas solucionem o imediato e o individual, porque são justamente estes interesses que têm levado a práticas e iniciativas que estão devastando o meio ambiente, consumindo recursos finitos, criando desigualdades, conduzindo a uma enorme crise de liderança nas organizações, e acabando com a saúde e o moral das pessoas.
“Inteligência Espiritual é a capacidade de pensar, sentir e agir crendo que existe algo ou alguém além do tangível ou material, que traz consciência, significado e equilíbrio para o papel das pessoas nas organizações, na família, na sociedade e no mundo”. (Marco Fabossi)
Uma organização espiritualizada prioriza o compartilhamento em vez da competição, para evitar que apenas poucos vençam, levando assim todas as pessoas juntas ao primeiro lugar do pódio. Nestas organizações já não existe espaço para cabeças e ambientes evolucionistas onde o lema darwinista é “cresça ou morra”, “sobreviva ou desapareça”. Uma organização espiritualmente inteligente age com ética e não tem apenas metas a cumprir, mas causas a desenvolver.
O líder inteligente espiritual age com ética, está sempre pronto a ajudar seus colegas, prefere servir a ser servido e não se envergonha de dizer que depende da equipe para crescer. Seu grande propósito é ajudar as pessoas a se desenvolverem para que se tornem melhores seres humanos, pais, filhos, cônjuges, amigos e profissionais, alinhando suas necessidades e valores aos da organização.
O líder espiritualmente inteligente está disposto a pagar o preço por agir com os princípios e valores que acredita, mesmo quando isso possa lhe trazer prejuízos pessoais, políticos ou econômicos, porque sua estrutura de valores está acima de qualquer possibilidade de vantagem pessoal ou corporativa. Ele sabe que amar não é apenas um sentimento, mas uma atitude, tratando as pessoas com decência e respeito e levando toda a equipe a agir da mesma maneira. Ele não compactua com resultados e desempenhos ruins, mas obtém o máximo da equipe por meio de inspiração e motivação. Ele jamais denigre as pessoas a quem serve, e busca incessantemente compreender como suas atitudes podem beneficiar essas pessoas, a organização e o mundo.
É por isso que a Inteligência Espiritual é a essência da Liderança; porque transforma pessoas comuns em líderes extraordinários, que realmente se importam com o ser humano, com a vida e com o futuro.

O autor, Marco Fabossi, é Conferencista, Escritor, Consultor, Coach Executivo e Coach de Equipe, com foco em Liderança. Autor do livro Coração de Líder - A Essência do Líder-Coach.
http://www.blogdofabossi.com.br/

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Cartão de Natal da FEMS

Recebemos da FEMS o cartão abaixo, agradecemos e retribuimos os votos de Feliz Natal e Excelente Ano Novo.
Abraço a todos
Ronaldo São Romão Sanches
do Blog Espirirismo-MS

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O que é o Natal pra mim

Realmente a época do Natal, o final de um ano e o início de outro, é bem significativa e emblemática, no sentido de despertar para a necessidade de fazermos um balanço das nossas atividades realizadas durante o ano que passou e planejarmos o nosso futuro, já que depende exclusivamente de nós a forma como encaramos os desafios da vida.
A questão da religiosidade e da espiritualidade depende daquilo que entendemos ser a vida. Qual o seu significado? Os por ques? De onde viemos? O que estamos fazendo aqui? Para onde vamos? Ou não vamos para lugar algum. Existem penas a serem cumpridas por aqueles que erram? Existem compensações para aqueles que se esforçam em serem bons, ou melhores a cada dia, numa caminhada infinita?
Questões filosóficas sem dúvida e que muitas vezes achamos que é uma perda de tempo meditar sobre isso, mas com certeza tem uma influência muito grande no nosso dia a dia.
Desde os mais remotos tempos, o homem vem pensando sobre isso. E nessa caminhada, foram surgindo as doutrinas filosóficas, as religiões, e sem dúvida, nessa busca da "verdade", vamos ficando cada vez mais próximos de algumas certezas, embora sabemos que uma resposta positiva, cartesiana, creio que ainda está bem longe de ser revelada. Aí entra aquele componente polêmico: Acreditar em que? Tenho fé em algum dos ensinamentos propostos?
Creio que aí deve entrar então a tolerância, o respeito ao que o outro pensa, pois existe uma grande diversidade de opiniões.
Nesse processo todo, tem também outra dúvida, por onde vou? Notem que muitas vezes mudamos ao longo da vida, essa nossa disposição em seguir uma corrente de pensamento ou outra. E isso é válido, pois as experiências que vamos passando oferecem condições de meditarmos e afirmarmos ou revermos posições.
Uma certeza tenho, acredito em algo superior, que todo o Universo e a Humanidade não são frutos do acaso como afirmou dias atrás o cientista inglês Stephen Hawking em seu novo livro "The Grand Design", que Deus não tem mais lugar nas teorias sobre a criação do universo, devido a uma série de avanços no campo da física, ou como prega o também inglês Richard Dawkins, a descrença em Deus em seu best seller de 2006 "Deus – Um Delírio”. Sem dúvida pontos de vista em que acreditam e se sentem bem pensando assim, um direito de cada um se expressar.
A minha intuição indica que a teoria materialista é muito mais absurda e desprovida de qualquer sentido lógico, numa comparação direta com aquilo que pregam as doutrinas que admitem a perenidade do ser após a morte do corpo físico, da necessidade de renascermos na ânsia de aprendermos, de nos tornarmos melhores, algo que julgo componente no nosso DNA, a irreverssível força que nos leva a progredir sempre, embora tantas vezes ficamos como encalhados nesse grande processo de aprendizagem e derrapamos com aqueles sentimentos mesquinhos que teimamos em carregar e que tanto mal nos causa, quando se sobressai o nosso egoismo, a ânsia do poder, de ter, de impor.
Na verdade vou pelo caminho que acredito ser o melhor, que me ajude a ver o mundo e as pessoas pelo lado bom, que me ajude a ser feliz e conviver bem com aqueles que nos rodeiam.
Então meus amigos, Natal pra mim é isso. E sempre lembro da música do rebelde John Lennon que pregava a Paz e foi morto por um infeliz que não entendia o sentido da vida, um extremista. Por isso devemos nos educar para não sermos radicais, para não sermos fanáticos por nada além de buscarmos ser melhores a cada dia. E lembro também do que nos ensina Jesus, o meigo Nazareno quando disse "Vós sois a luz do mundo", "Vós sois o sal que salga a Terra".
Façamos então a nossa parte para vivermos num mundo melhor.
Pra complementar escutem a canção "Então é Natal" interpretada pela Simone, bem mais leve do que na edição do original de John Lennon, "Happy Christmas (War Is Over)", que foca o horror das guerras.

Feliz Natal e Ótimo Ano Novo a todos
Grande abraço.
Ronaldo São Romão Sanches, e-mail: ronaldosrs@hotmail.com