quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Entrevista com a Dra. Marlene Nobre, por ocasião de sua visita a Fortaleza-CE, para proferir palestra na IV Semana Chico Xavier, em março deste ano.

A entrevista exclusiva, foi publicada pelo jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza-CE, edição do dia 29/03/2009.
Marlene Nobre fala da convivência com Chico, os rumos do espiritismo, aborto e outros assuntos, em entrevista exclusiva, onde ressalta que as doenças, em sua esmagadora maioria, estão relacionadas às imperfeições da alma e à lei do carma.
Marlene Nobre é médica ginecologista aposentada, especialista em prevenção do câncer uterino. Viúva do político, advogado e professor universitário Freitas Nobre (cearense), ela trabalhou com Chico Xavier nas seções públicas da Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba, Minas Gerais, entre os anos de 1959 e 1962. Preside também a Associação Médico-Espírita do Brasil e a Associação Médico-Espírita Internacional, é editora responsável pelo jornal Folha Espírita e diretora da Creche Lar do Alvorecer. Além disso, escreveu diversos livros, dentre eles “Lições de Sabedoria - entrevistas do médium Chico Xavier”. Marlene Nobre estará em Fortaleza na próxima quinta-feira proferindo uma palestra no auditório da FIC (Água Fria), às 19h, por ocasião da IV Semana Chico Xavier.

Qual a abordagem central de sua palestra “Além desta vida”, que será ministrada na Semana Chico Xavier?
Vou me referir, inicialmente, aos casos de pessoas que passaram pela Experiência de Quase Morte (EQM), ou seja, que estiveram clinicamente mortas e voltaram à vida com o auxílio de aparelhos especiais, relatando tudo o que viram e sentiram durante esse período em que estiveram no limiar da morte. São milhares de pessoas que descreveram aos pesquisadores, em geral médicos e psicólogos, a existência de um corpo mais leve, com o qual se apresentavam em uma outra dimensão, para onde foram, atravessando túneis, e onde puderam encontrar familiares, amigos e mestres de luz, guardando lembrança nítida de tudo quanto viram. Depois de falar sobre essas pesquisas e o que as pessoas viram no limiar da morte, faço a ligação com uma outra pesquisa, feita pela Associação Médico-Espírita de S. Paulo com as mensagens recebidas por Chico Xavier e que foi publicada no livro - A Vida Triunfa - de autoria do meu irmão Paulo Rossi Severino. Ampliei o estudo dessas 45 iniciais para mais de 500 mensagens recebidas por Chico Xavier aos familiares, nas quais os comunicantes não só falam a mesma coisa que os ressuscitados da morte na EQM, como ampliam muito mais a visão da vida no além. De acordo com as descrições deles, falo sobre a travessia deste mundo para outro, as doenças e tratamentos médicos no além, as escolas e atividades, bem como sobre as repercussões espirituais entre encarnados e desencarnados. É de uma riqueza incalculável o legado que Chico Xavier nos deixou. E ao final, uma só certeza: ninguém morre.

Quando começou seu envolvimento com a doutrina espírita?
Sou espírita desde o berço. Aos 11 anos, fiz um pequeno discurso representando a mocidade espírita de S. José do Rio Preto. Mais tarde, quando cursei medicina em Uberaba, envolvi-me mais diretamente com os trabalhos do movimento espírita.

Como ocorreu a aproximação com Chico Xavier?
Em outubro de 1958, às vésperas de mudar-se para Uberaba, o que ocorreu em janeiro de 1959, Chico Xavier esteve em Uberaba e pediu ao Waldo Vieira, meu colega de faculdade, que me levasse até ele, porque precisava conversar comigo. Durante a entrevista, como não o conhecia, apenas havia lido suas obras, fiquei muito admirada com o convite que me fez: o de trabalhar com ele nas sessões públicas da Comunhão Espírita Cristã, a partir de janeiro, quando ele já estaria instalado definitivamente em Uberaba. E foi o que aconteceu. Durante cerca de quatro anos, de janeiro de 1959 a dezembro de 1962, trabalhei com ele, dando minha pequena parcela de contribuição na interpretação dos textos de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho Segundo o Espiritismo, obras que eram estudadas nos dias de sessão pública. Mesmo mudando-me para S.Paulo, em 1963, nossa amizade permaneceu sempre a mesma, até a sua desencarnação, em 2002. E perdurará, tenho certeza, pela eternidade, porque somos imortais.

Que trabalhos vocês desenvolveram juntos?
Fazia os comentários sobre as lições da noite, enquanto Chico e Waldo psicografavam receitas e mensagens dos Mentores Espirituais; por minha vez, também recebia mensagens psicográficas nessas reuniões, a convite do Chico. Tínhamos juntos ainda a distribuição de gêneros alimentícios aos mais carentes da periferia de Uberaba aos sábados. Participei também do programa radiofônico - Ondas de Luz, que fazia parte das atividades da Comunhão àquela época.

Há algum fato que tenha lhe marcado durante o tempo de convivência com ele?
Fui profundamente marcada por sua bondade, por sua humildade genuína. Por isso mesmo, reconheço a enorme distância que nos separa do ponto de vista espiritual e a grande responsabilidade que assumi por ter trabalhado com ele e tomado conhecimento de sua obra.

Você chegou a receber mensagens psicografadas dele?
Psicografadas não, mas me deu vários recados de grande precisão através da vidência.

De que forma a doutrina espírita pode ajudar no exercício da medicina?
A contribuição do Espiritismo à medicina é enorme. Primeiramente, ele muda a visão do mundo e do ser humano. Quando o médico espírita examina o paciente, sabe que tem diante de si uma alma imortal que está transitando, por alguns anos na Terra, envergando um corpo físico e envoltórios espirituais, que vem sendo construídos ao longo de bilhões de anos e que adoecem segundo a lei de ação e reação. O médico sabe, portanto, que as doenças, em sua esmagadora maioria, estão relacionadas às imperfeições da alma e à lei do carma. E, principalmente, está consciente de que tem nos seus pacientes irmãos em humanidade aos quais compete servir, segundo os sentimentos de fraternidade exemplificados pelo Médico dos Médicos - nosso Mestre Jesus.

O que diferencia o “médico espírita” de um que não segue a doutrina?
O Espiritismo dá uma visão integral do ser humano: Alma-mente-corpo e estimula o exercício da solidariedade entre todas as criaturas humanas. O que deveria diferenciar o médico espírita em relação aos seus colegas seria o exercício da humildade e da caridade, o compromisso de estudar e aprimorar-se sempre, sem colocar-se como superior a quem quer que seja. Sabemos, no entanto, que existem médicos sem religião, que são seres humanos maravilhosos e que nos dão grande exemplo de solidariedade humana.

Você é presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME) e da Associação Médico-Espírita Internacional. Quais os objetivos dessas duas entidades?
A Associação Médico-Espírita do Brasil foi fundada em 1995 e hoje congrega 33 Associações e tem mais 10 núcleos em vias de formação. Resumidamente, podemos dizer que ela tem por finalidade levar a alma à Medicina em seu duplo sentido: levar as pesquisas científicas, as investigações, e os estudos que demonstrem a presença da alma no comando do corpo físico e a alma no sentido de calor humano, bondade, solidariedade. A AME é uma das instituições que visa fortalecer o aspecto científico da Doutrina Espírita. Mas, sobretudo, tem uma preocupação ética. Com o avanço tecnológico das ciências da vida, tem de estar atenta aos aspectos bioéticos que envolvem a aplicação prática desses novos conhecimentos. A Associação Médico-Espírita Internacional foi fundada em 1999 e tem os mesmos objetivos.

No trabalho como escritora, você escreveu “Lições de Sabedoria - entrevistas do médium Chico Xavier”. Quais as temáticas presentes nas entrevistas?
O livro “Lições de Sabedoria” conta as entrevistas dadas por Chico Xavier ao jornal Folha Espírita, durante 23 anos. Dividi-as por assuntos de modo que é um livro de consulta no qual se tem a opinião do querido médium sobre os mais diferentes temas: amor ao próximo, imortalidade da alma, reencarnação, drogas, fumo e malefícios para corpo e alma, aborto, vida familiar, missão do Brasil, etc.

Uma outra temática abordada por você nos livros foi o aborto. A legislação brasileira permite essa prática em alguns casos, como o da menina de 9 anos estuprada pelo padrasto em Pernambuco. Você concorda com a legislação referente ao assunto?
A miséria moral está profundamente vinculada à miséria espiritual e ambas devem ser combatidas com a instrução e a educação mais abrangente, dirigida ao ser humano integral, corpo-espírito. Nós sabemos que nos povos mais desenvolvidos o estupro também está presente, mas é muito maior em países como o nosso, onde a educação é relegada a um plano secundário. Por falta de educação geral e irrestrita do nosso povo, a miséria moral está profundamente agravada, como temos visto nos casos de estupro e pedofilia. Para os Espíritos Superiores, o aborto só é cabível em uma situação: quando a vida da gestante está em perigo de morte iminente. Isto porque a intenção não é matar o feto, mas salvar a vida da mãe. Por exemplo, a gestante sofreu um acidente ou foi atingida por um projétil e tem hemorragia grave, o que se tem de fazer é salvá-la, estancando a perda de sangue. Se o feto vier a falecer, a intenção não foi essa. Creio que só poderíamos opinar no caso da menina em foco se conhecêssemos em detalhes a situação clínica da gravidez. A internação e o acompanhamento da gestação por mais tempo nos permitiria opinar com segurança.

Qual a sua opinião acerca do aborto em crianças anencéfalas?
Sou absolutamente contra. O anencéfalo, ao contrário do que o nome diz, possui uma estrutura cerebral em funcionamento - o tronco encefálico - a parte mais primitiva do encéfalo. Por isso mesmo, ele respira, tem batimentos cardíacos, tem metabolismo basal. O anencéfalo é um organismo humano vivo. Se não o fosse não conseguiria formar órgãos e não teria todas as funções mencionadas. Ele deve viver o tempo que lhe foi programado. A Associação Médico-Espírita do Brasil está lançando um livro: A Vida dos Anencéfalos, aspectos científicos, jurídicos e espirituais, onde deixaremos muito clara esta questão.

Há uma suposta omissão dos espíritas sobre a questão do aborto?
Creio que a Federação Espírita Brasileira (FEB), a Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (ABRAME), a Associação Jurídico-Espírita de S.Paulo e do Rio Grande do Sul (AJE), e, naturalmente, a AME-Brasil, da qual sou presidente, têm se manifestado de forma contundente contra a legalização do aborto no país. Inclusive, eu não poderia deixar de lembrar um acontecimento histórico, os presidentes da FEB, Nestor Masotti, da ABRAME, Zalmino Zimmerman, e da AME-Brasil, visitaram parlamentares e autoridades em Brasília, entre estas o presidente do Supremo Tribunal de Justiça e o Procurador Geral da República, em junho de 2005, distribuindo manifestos contra o aborto, preparados por juristas e médicos, desencadeando com isso um movimento que resultaria na criação da Frente Parlamentar em Defesa da Vida contra o aborto, em agosto de 2005, na Câmara Federal. Na mesma ocasião da visita ao Parlamento e às autoridades, foram enviados mais de 20 mil desses manifestos, redigidos pela ABRAME e pela AME, a todos os juízes do Brasil, em trabalho exaustivo de correio, realizado e subsidiado pela FEB. Embora essas entidades estejam vigilantes e sejam partícipes, sentimos falta, é verdade, de um maior empenho das entidades espíritas, como um todo, em mostrar essa posição contrária, em tomar parte mais ativamente nos movimentos ecumênicos e suprapartidários que se desdobram em todo o país.

Quais as conseqüências espirituais do aborto para a mulher que o realiza? E para a sociedade, quais os efeitos?
As conseqüências psicofísicas e espirituais podem ocorrer na mesma existência em que o aborto foi praticado, tais como o transtorno mental depressivo, a obsessão e os distúrbios diversos do sistema reprodutor feminino. Há também as mesmas conseqüências em existência posterior, sendo as mais freqüentes, os diversos graus de infertilidade, os distúrbios do sistema reprodutor e muitos problemas gestacionais. A sociedade sofre os efeitos da pena de morte que pratica contra inocentes, que não tem como se defender, gerando mais violência sobre si mesma. Muitos desastres morais graves tem aí sua origem.

Certa vez, Chico Xavier teria dito que se o aborto fosse aprovado legalmente no Brasil, o país entraria em um ciclo de guerras. Qual sua opinião sobre isso?

Ele disse isso a mim, diretamente, e estou certa de que isto poderá mesmo ocorrer. Como já me referi o país que pratica esse tipo de violência não consegue sair da cadeia de ódio que gerou para si mesmo. Vivemos em uma grande rede - a teia da vida - o que se faz em um dado ponto desta imensa malha, faz-se a todo o conjunto, com natural repercussão sobre os responsáveis pela ação. Nossa bandeira é imaculada, não tem nenhuma nódoa de violência na sua tessitura, vamos rogar a Deus que continue assim.

Após a morte de Chico Xavier em 2002, muito se fala a respeito dos rumos do Espiritismo no Brasil. Para você, qual a situação atual da doutrina?
Chico Xavier nunca se julgou importante dentro do movimento espírita. Nós sabemos o quanto ele o foi, inclusive dividindo a história do Espiritismo em antes e depois dele, sobretudo, quando deu as duas entrevistas memoráveis no “Pinga-fogo”. Mas, na verdade, ele sempre se julgou grama e como dizia: “grama nasce em qualquer parte; morre uma, nasce outra”. Creio que o Espiritismo será o que nós, os humanos, fizermos dele. É muito difícil julgar qualquer situação na qual estamos inseridos. Acredito que muita coisa tem sido feita por elementos de boa vontade em toda parte. Somente, porém, o distanciamento no tempo dirá se nós os espíritas atuais estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para a vivência e a divulgação dos princípios.

Em meio aos preparativos para o centenário de Chico Xavier, quais as principais lições do mestre que devem ser lembradas?
Sem dúvida, a bondade e a humildade em uma palavra: a caridade.Creio que Chico gostaria de ser lembrado em um grande movimento nacional de auxílio aos mais carentes, tanto da alma quanto do corpo. O movimento em sua homenagem que o deixaria imensamente alegre e feliz seria aquele no qual se levasse consolação aos enfermos, aos carentes de toda sorte, aos presidiários, aos deficientes, enfim, aos irmãos do caminho que Jesus nos ensinou a buscar para derramar sobre eles a bênção da solidariedade.

“Medicina e Espiritualidade” é tema de seminário com a Dra. Marlene Nobre, dia 29/11, domingo, em Campo Grande-MS


Será no próximo domingo, dia 29/11, das 8 às 13 horas, na Câmara Municipal de Campo Grande, localizada na Av. Ricardo Brandão, 1.600 - Jatiuka Park, próximo ao Shopping, o Seminário  “Medicina e Espiritualidade” com a Dra. Marlene Nobre. Entrada franca.
A Dra. Marlene Nobre é Presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil),  da Associação  Médico-Espírita Internacional e autora dos livros “Alma da matéria”, "O Passe como Cura Magnética",  “A obsessão e suas máscaras” , entre outros.
A promoção é da Associação Médico-Espírita de Mato Grosso do Sul.
Para conhecer um pouco mais sobre a Dra. Marlene, sugerimos ler a entrevista  publicada no jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza-CE, edição do dia 29/03/2009, que reproduzimos na íntegra. A entrevista aconteceu por ocasião de sua visita na cidade, para proferir palestra com o tema Além desta vida, na IV Semana Chico Xavier. Leia a entrevista.

sábado, 14 de novembro de 2009

ICEMS - Campanha novos sócios e colaboradores

Caros Irmãos,
O ICEMS - Instituto de Cultura Espírita de Mato Grosso do Sul, fundado em 15 de Dezembro de 1991, em Campo Grande - MS, é um órgão que visa trabalhar para promover e realizar o estudo, a divulgação e a prática da Doutrina Espírita, com base nas obras de Allan Kardec, procurando colocá-la ao alcance e ao serviço de todas as pessoas.
Com este objetivo proporcionamos oportunidades de estudo, trazendo palestrantes renomados, fazendo estudos quinzenais, seminários e outros encontros, visando sempre o crescimento cultural do Movimento Espírita em nossa região.
Agora, entretanto, para realizar esses trabalhos que se propõe, o ICEMS atravessa uma situação difícil para manutenção financeira dos mesmos, pois todos exigem certas despesas.
Sendo assim, estamos apelando para os nossos irmãos, sobre a necessidade do apoio e da participação de todos que guardam consigo o ideal de difundir o Espiritismo, convidando àqueles que gostariam de se inscrever como SÓCIO e ser parte atuante de nossos projetos, ou mesmo que gostariam de ajudar com DOAÇÕES, depositando diretamente a sua contribuição em conta bancária, no valor de sua escolha.
É muito importante para nós, que nossos irmãos integrem-se nessa luta pela atuação e pelo crescimento do ICEMS, e ficamos imensamente gratos a quem se propuser nos ajudar.
Um grande abraço fraterno.
Diretoria ICEMS

e-mail: icems@icems.org.br 
ICEMS- Instituto de Cultura Espírita de Mato Grosso do Sul
Rua 26 de Agosto, 850 – Centro
Cep: 79002-081
Fone: (67) 3042 2770 / Fax: (67) 3042 2771
 

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Almoço Promocional em prol do Lar Mãe Mariana, dia 15/11/09 - domingo

O Centro Espírita Caminheiros de Jesus convida os irmãos para um delicioso Arroz Carreteiro em Prol do Lar Mãe Mariana.
Data: 15/11/2009 - domingo - horário: 11:30 às 14h
Adesão: R$ 8,00
Local: Centro Espírita Caminheiros de Jesus
Chácara Estrela do Sul
Campo Grande-MS
Observação: Levar pratos e talheres, crianças até 7 anos não pagam, será servido no local - não atenderemos marmitex.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Convite para lançamento do CD do Grupo de Canto “A Voz do Cruzado Pantaneiro”

O Grupo de Canto “A Voz do Cruzado Pantaneiro” da Cruzada dos Militares Espíritas convida para o lançamento do CD Em busca da Paz - Na luz do Evangelho, em prol da construção do Educandário.
Data: 14 de novembro de 2009, sábado, às 19:30h
Local: Colégio Militar de Campo Grande - Av. Presidente Vargas, 2.800 - Bairro Santa Carmélia

Informações: fone (67) 3361-1055 ou 8113-3866 e por e-mail: lobocmemtms@terra.com.br

“No exercício pleno da fraternidade, a paciência, prudência e ternura, são luzes divinais para o progresso espiritual”. (Cel. Ruy Kremer)

“Amizade é o único elo que liga corações de pessoas que se amam”. (Ten. Cel. Pedro de Almeida Lobo – Palana)

Espaço Chico Xavier - Agenda do dia 07/11/2009


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Arquitetos Espirituais

Em nossa reunião da noite de 13 de janeiro de 1955, fomos novamente agraciados com a visita do nosso companheiro Efigênio S. Vitor que nos trouxe interessantes apontamentos, com respeito aos Espíritos Arquitetos, na palestra que passamos a transcrever.

Examinando os variados setores de nossas atividades e encarecendo o valor da contribuição dos diversos amigos que colaboram conosco, é preciso salientar o esforço dos Espíritos Arquitetos em nossa equipe de trabalhos habituais.
Em cada reunião espírita, orientada com segurança, temo-los prestativos e operantes, eficientes e unidos, manipulando a matéria mental necessária à formação de quadros educativos.
Simplifiquemos o assunto, quanto seja possível, para compreendermos a necessidade de nosso auxílio a esses obreiros silenciosos.
Aqui, como em toda parte onde tenhamos uma agremiação de pessoas com fins determinados, existe na atmosfera ambiente um centro mental definido, para o qual convergem todos os pensamentos, não somente nossos, mas também daqueles que nos comungam as tarefas gerais.
Esse centro abrange vasto reservatório de plasma sutilíssimo, de que se servem os trabalhadores a que nos referimos, na extração dos recursos imprescindíveis àcriação de formas-pensamento, constituindo entidades e paisagens, telas e coisas semi-inteligentes, com vistas àtransformação dos companheiros dementados que intentamos socorrer.
Uma casa como a nossa será, inevitavelmente, um pouso acolhedor, abrigando, em nossos objetivos de confraternização, os amigos desencarnados, enfermos e sofredores, a se desvairarem na sombra.
Para que se recuperem, é indispensável recebam o concurso de imagens vivas sobre as impressões vagas e descontínuas a que se recolhem. E para esse gênero de colaboração especializada são trazidos os arquitetos da Vida Espiritual, que operam com precedência em nosso programa de obrigações, consultando as reminiscências dos comunicantes que devam ser amparados, observando-lhes o pretérito e anotando-lhes os labirintos psicológicos, a fim de que em nosso santuário sejam criados, temporariamente embora, os painéis movimentados e vivos, capazes de conduzi-los à metamorfose mental, imprescindível à vitória do bem.
É assim que, aqui dentro, em nossos horários de ação, formam-se jardins, templos, fontes, hospitais, escolas, oficinas, lares e quadros outros em que os nossos companheiros desencarnados se sintam como que tornando à realidade pregressa, através da qual se põem mais facilmente ao encontro de nossas palavras, sensibilizando-se nas fibras mais íntimas e favorecendo-nos, assim, a interferência que deve ser eficaz e proveitosa.
Delitos, dificuldades, problemas e tragédias que ficaram a distância, requisitam dos nossos companheiros da ilustração espiritual muito trabalho para que sejam devidamente revisionados, objetivando-se o amparo a todos aqueles que nos visitam, em obediência aos planos traçados de mais alto.
É assim que as forças mento-neuro-psíquicas de nosso agrupamento são manipuladas por nossos desenhistas, na organização de fenômenos que possam revitalizar a visão, a memória, a audição e o tato dos Espíritos sofredores, ainda em trevas mentais.
Espelhos ectoplásmicos e recursos diversos são também por eles improvisados, ajudando a mente dos nossos amigos encarnados, que operam na fraseologia assistencial, dentro do Evangelho de Jesus, a fim de que se estabeleça perfeito serviço de sintonia, entre o necessitado e nós outros.
Para isso, porém, para que a nossa ação se caracterize pela eficiência, é necessário oferecer-lhes o melhor material de nossos pensamentos, palavras, atitudes e concepções.
Toda a cautela é recomendável no esforço preparatório da reunião de intercâmbio com os desencarnados menos felizes, porque a elas comparecemos, na condição de enfermeiros e instrutores, ainda mesmo quando não tenhamos, em nosso campo de possibilidades individuais, o remédio ou o esclarecimento indispensáveis.
Em verdade, contudo, através da oração, convertemo-nos em canais do socorro divino, apesar da precariedade de nossos recursos, e, em vista disso, é preciso haja de nossa parte muita tranqüilidade, carinho, compreensão e amor, a fim de que a colaboração dos nossos companheiros arquitetos encontre em nós base segura para a formação dos quadros de que nos utilizamos na obra assistencial.
Nossa palavra é simplesmente a palavra de um aprendiz.
Achamo-nos entre os mais humildes recém-vindos àlide espiritual, mas, aproveitando as nossas experiências do passado, tomamos a liberdade de palestrar, comentando alguns dos aspectos de nossa sementeira e de nossa colheita, que funcionam todos os dias, conforme o ensinamento imortal do Senhor: — A cada um por suas obras.

Este texto corresponde à manifestação psicofônica do irmão Efigênio S. Vitor, publicada no livro Instruções Psicofônicas, da Federação Espírita Brasileira, organizado por Arnaldo Rocha, com instruções de vários espíritos, no Grupo Meimei, de Pedro Leopoldo-MG. Sua primeira edição foi no ano de 1955.