quarta-feira, 29 de julho de 2009

PALESTRA PÚBLICA "RELIGIÃO E CIÊNCIA AO ENCONTRO DO CRIADOR"

Palestrante: CARLOS AUGUSTO DE SÃO JOSÉ, da Federação Espírita do Paraná
Dia: 14 de agosto de 2009, sexta-feira, às 19h30
Local: Comunhão Espírita Casa de Scheilla
Rua Ourinhos, 297 – Vl Carvalho - Campo Grande-MS
Promoção: Federação Espírita de Mato Grosso do Sul

Carlos Augusto de São José é natural do Rio de Janeiro, ingressou no Espiritismo em 1966, na Federação Espírita Brasileira, e ocupou as funções de Diretor do DIJ e redator da revista "Reformador". Em 1978 fundou a revista "O Espírita", que circula até hoje.
Morou em Brasília-DF durante 40 anos, aposentando-se na Universidade de Brasília, como Pro-Reitor (decano) de Administração e Planejamento.
Transferiu-se para Londrina-PR, onde permaneceu por 6 anos (2000/2006). Trabalhou na União das Sociedades Espíritas de Londrina (USEL) e no Centro Espírita Nosso Lar.
Em 2006 mudou-se para Curitiba. Atualmente trabalha no Centro Espírita Antônio de Pádua,
em Curitiba, e na Federação Espírita do Paraná, onde é Assessor de Comunicação Social e redator do jornal "Mundo Espírita".
Realizou palestras espíritas em diversos Estados brasileiros.

SESQUICENTENÁRIO DE “O QUE É O ESPIRITISMO”

Mais uma obra de Allan Kardec comemora o seu sesquicentenário: o opúsculo O que é o Espiritismo, publicado pela primeira vez em Paris no mês de julho de 1859. Tinha, então, 104 páginas e era vendido a 60 centavos.
Em 1865 vem a lume a 6ª edição da obra, revista e consideravelmente aumentada pelo autor. Tinha 182 páginas e se tornou a edição definitiva do livro, o terceiro a ser publicado por Allan Kar­dec, logo depois de O Livro dos Espíritos, em 1857, e de Instrução Prática sobre as Manifestações Espíritas, em 1858. Este último era uma espécie de introdução à mediunidade, teve uma só edição e foi substituído em 1861 por O Livro dos Médiuns.
Qual teria sido a intenção de Allan Kardec ao publicar este e outros opúsculos que sairiam mais tarde, quase simultaneamente ao aparecimento das obras fundamentais da Doutrina Espírita?
Basicamente contribuir para a vulgarização do Espiritismo, que, então, dava seus primeiros passos, numa época dominada pelo materialismo e pelos preconceitos de toda ordem. Para alcançar esse objetivo, o Codificador apresentava os temas em linguagem mais simples, resumia os assuntos mais interessantes, evitava lançar mão de metáforas e vendia os opúsculos a preço de custo, quando não os subsidiava do próprio bolso, visando à sua mais rápida propagação. Vejamos, contudo, nas próprias palavras de Allan Kardec, o que ele diz no primeiro parágrafo do "Preâmbulo" do livro: “As pessoas que não conhecem o Espiritismo senão de modo superficial são, naturalmente, inclinadas a formular certas questões, cuja solução por certo encontrariam se o estudassem com mais profundidade. Falta-lhes, porém, o tempo e, muitas vezes, a vontade para se entregarem a observações contínuas. Antes de empreenderem essa tarefa, muitos desejam saber, pelo menos, do que se trata, e se vale a pena se ocuparem com ela. Pareceu-nos, pois, de real utilidade apresentar resumidamente as respostas a algumas das principais perguntas que nos são diariamente dirigidas; isto será, para o leitor, uma espécie de iniciação, e, para nós, ganho de tempo por nos dispensar de repetir constantemente a mesma coisa.”

O livro é dividido em três capítulos:
O primeiro, sob a forma de diálogos, encerra respostas às objeções mais comumente feitas por aqueles que desconhecem os princípios fundamentais da Doutrina, bem como a refutação dos principais argumentos de seus contraditores. Tal modalidade pareceu mais conveniente a Kardec, por não apresentar a aridez da forma dogmática.

O segundo capítulo é consagrado à exposição sumária das partes da ciência prática e experimental, sobre as quais, na falta de uma instrução teórica completa, o observador inexperiente deve fixar a sua atenção para poder julgar com conhecimento de causa; é, de certa forma, um resumo de O Livro dos Médiuns. Ora, como na maioria das vezes as objeções nascem das ideias falsas feitas, a priori, sobre aquilo que não se conhece bem, retificar essas ideias é prevenir as objeções que se possam fazer à mediunidade.

O terceiro capítulo pode ser considerado como o resumo de O Livro dos Espíritos. É a solução, pela Doutrina Espírita, de certo número de problemas do mais alto interesse, de ordem psicológica, moral e filosófica que diariamente são propostos, e aos quais nenhuma filosofia deu ainda resposta satisfatória. Procurem resolvê-los por qualquer outra teoria, sem a chave que nos fornece o Espiritismo, e verão quais são as respostas mais lógicas, quais as que melhor satisfazem à razão.

E, arremata Allan Kardec:
“Estes resumos não somente são úteis aos principiantes, que neles poderão, em pouco tempo e com pouca despesa, colher as noções mais essenciais da Doutrina Espírita, como também aos adeptos, pois lhes fornecem os meios para responderem às primeiras objeções que não deixarão de lhes apresentar, e, além disso, por encontrarem reunidos, em quadro restrito e sob um mesmo ponto de vista, os princípios que devem estar sempre presentes à sua memória.”

Finalmente, no "Preâmbulo" da obra que o Codificador afirma:
“O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se podem estabelecer entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem de tais relações. Podemos defini-lo assim: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos espíritos, bem como de suas relações com o mundo corpóreo.”
Para que os leitores de Reformador façam ideia de alguns dos assuntos tratados no livro O que é o Espiritismo, transcrevemos parcialmente, do seu sumário, os seguintes tópicos, dentre tantos outros de igual importância:
· Espiritismo e Espiritualismo
· Fenômenos espíritas simulados
· O maravilhoso e o sobrenatural
· Origem das ideias espíritas modernas
· Utilidade prática das manifestações
· Médiuns interesseiros
· Loucura, suicídio e obsessão
· Esquecimento do passado
· Comunicação com o mundo invisível
· Escolhos da mediunidade
· Charlatanismo
· Identidade dos Espíritos
· Consequências do Espiritismo
· Pluralidade dos mundos
· A alma
· O homem durante a vida terrena
· O homem depois da morte

Autor: Evandro Noleto Bezerra, artigo publicado na Revista Reformador, da FEB, de julho de 2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Raul Teixeira em Campo Grande-MS - algumas alterações na Programação


Em Campo Grande o Seminário com Raul Teixeira será no Teatro Glauce Rocha.
Em Tres Lagoas só haverá o Seminário, das 15h às 19h30, no Grêmio da Fraternidade Espírita José Xavier, na Rua Zuleide Peres Tabox, 751.
Em Dourados, além da Palestra do dia 21, haverá um Seminário no dia 22, das 8h30 às 12h, no C. E. Amor e Caridade, na Av. Pres. Vargas, 796.
Em Nova Andradina a Palestra foi cancelada.

Espaço Chico Xavier - Agenda do dia 18/07/2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE EVANGELIZADORES DE INFÂNCIA E JUVENTUDE - dia 18/07/09 - sábado, em Campo Grande-MS

Local: Centro Espírita Obreiros do Bem – Rua Albert Sabin, 2.193

Objetivos:
- Sensibilizar os Evangelizadores para a importância e necessidade da tarefa de evangelizar;

-Capacitar os Evangelizadores nos aspectos didáticos, pedagógicos e doutrinários, com vistas à melhoria do seu desempenho em sala de aula e à qualidade do trabalho oferecido pelo Departamento de Infância e Juventude;
- Garantir a unidade de propósitos e métodos de trabalho na evangelização infanto-juvenil.

Eixo Temático: Doutrina Espírita - Proposta de Educação Integral
Tema - O Homem de Bem.

PROGRAMAÇÃO
8h - Abertura e Prece – Centro Espírita Obreiros do Bem
8h10 –Socialização - Centro Espírita Obreiros do Bem
8h20 – Como se processa a construção do conhecimento em crianças e jovens - Ana Christina (Equipe FEMS/DIJ)
10h – Intervalo

Evangelizadores de juventude

10h15 – Oficina de literatura: Como trabalhar Poesia e Romance com os Jovens - Celso Catônio, Ana Christina e Regina Célia - (Equipe FEMS/DIJ)
Evangelizadores de infância
10h15 – Oficina de contação de histórias - Eliete Soares, Evelyn e Isis (Equipe FEMS/DIJ)

12h – Almoço

13h - Apresentação do coral- Maria José Maldonado (Equipe FEMS/DIJ)
13h15 – Trabalho em grupo – Montar plano de aula, inserindo o poema. Regina Célia e Ana Christina (Equipe FEMS/DIJ)
13h15 – Trabalho em grupo – Montar plano de aula, inserindo a história. Eliete Soares, Evelyn e Isis (Equipe FEMS/DIJ)
14h - Apresentação dos planos de aula: poesia e história
15h15 – Intervalo
15h30 - Levantamento e discussão de situações problemas vivenciadas pelos evangelizadores de juventude - Regina Célia e Carlos Augusto - (Equipe FEMS/DIJ)
15h30 - Levantamento e discussão de situações problemas vivenciadas pelos evangelizadores de infância – Eliete Soares e Ana Christina - (Equipe FEMS/DIJ)
16h15 - Oficina de Plano Anual de Atividades para Infância e Juventude – Carlos Augusto (Equipe FEMS/DIJ).
17h15 – Avaliação
17h30 – Encerramento

mais informações:
Federação Espírita de Mato Grosso do Sul
Av Calógeras, 2209 - Centro
Campo Grande - MS
CEP 79004-380
fone: (67) 3382-5571

Centro Espírita Obreiros do Bem
Rua Albert Sabin, 2193 -Vila Anahy
79090-160 - Campo Grande - MS

sábado, 11 de julho de 2009

Objetivo do Espiritismo e seu tríplice aspecto

de Celso Martins e Jayme Lobato Soares
publicado no Portal do Espírito

Na obra O Espiritismo na sua mais simples expressão Allan Kardec afirma:

O objetivo essencial do Espiritismo é melhorar os homens, no que concerne ao seu progresso moral e intelectual.

“O verdadeiro espírita não é o que crê nas comunicações, mas o que procura aproveitar os ensinamentos dos Espíritos. De nada adianta crer, se sua crença não o faz dar sequer um passo na senda do progresso, e não o torna melhor para o próximo”.

No livro O Que é o Espiritismo Kardec esclarece:

"O Espiritismo funda-se na existência de um mundo invisível, formado pelos seres incorpóreos que povoam o espaço e que não são mais que as almas daqueles que viveram na Terra, ou em outros globos, nos quais deixaram seus invólucros materiais. São os seres a que chamamos Espíritos, seres que nos cercam e incessantemente exercem sobre os homens sem que estes o percebam, uma grande influência, e desempenham papel muito ativo no mundo moral e mesmo, até certo ponto, no físico”.

Ainda em O Que é o Espiritismo Kardec faz as seguintes afirmações:

"O Espiritismo, como doutrina moral, só impõe uma coisa: a necessidade de fazer o bem e evitar o mal. É uma ciência de observação que, repito, tem conseqüências morais. que são a confirmação e a prova dos grandes princípios da religião; quanto às questões secundárias, ele as abandona à consciência de cada um”.

“O Espiritismo não descobriu nem inventou os Espíritos, como não descobriu o mundo espiritual, no qual se acreditou em todos os tempos; todavia, ele o prova por fatos materiais e o apresenta em sua verdadeira luz, desembarançando-o dos preconceitos e idéias supersticiosas, filhos da dúvida e da incredulidade”.

Em O Espiritismo na sua mais simples expressão Kardec ainda esclarece:

"'As instruções dadas pelos Espíritos de ordem elevada sobre todos os assuntos que interessam à humanidade e as respostas que deram às perguntas que lhes formulamos foram recolhidas e coordenadas cuidadosamente e constituem toda uma ciência, toda uma doutrina moral e filosófica com o nome Espiritismo. O Espiritismo é, pois, a doutrina fundada na existência, nas manifestações e no ensinamento dos Espíritos. Esta doutrina acha-se exposta de maneira completa no Livro dos Espíritos, em seu aspecto filosófico, no Livro dos Médiuns, em sua parte prática e experimental, e no Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu aspecto moral”.

Isto posto, vejamos a seguir, consoante as palavras do próprio Codificador, como se entende o tríplice aspecto do Espiritismo, ou seja, ciência, filosofia e religião.
I - Ciência

No Preâmbulo de O que é o Espiritismo, Kardec afirma que "O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal".

Na mesma obra, Kardec acrescenta:

"O Espiritismo tem por fim demonstrar e estudar a manifestação dos Espíritos, suas faculdades, sua situação feliz ou infeliz, seu futuro; em suma, o conhecimento do Mundo Espiritual.

"... Essa crença apoia-se sobre o raciocínio e sobre os fatos. Eu próprio não a adotei senão depois de meticuloso exame, o hábito das coisas positivas, sondei, perscrutei esta nova ciência nos seus mais íntimos refolhos; busquei explicar-me tudo, porque não costumo aceitar idéia alguma sem lhe conhecer o como e o porquê".

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo logo na Introdução, item II, Kardec declara:

"Uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares”.

Também, no livro A Gênese (Introdução) diz:

"Generalidade e concordância do ensino, tal é o caráter essencial da doutrina, a própria condição de sua existência; do que resulta que todo princípio que não recebeu a consagração do assentimento da generalidade não pode ser considerado parte integrante desta doutrina, mas simples opinião isolada da qual o Espiritismo não pode assumir a responsabilidade”.

No prefácio do livro O Fenômeno Espírita Gabriel Delanne afirma: "O Espiritismo é uma ciência cujo fim é a demonstração experimental da existência da alma e sua imortalidade, por meio de comunicação com aqueles aos quais impropriamente têm sido chamado de mortos".

Na obra O que é a Mediunidade, de Celso Martins, consta o seguinte:

"O Espiritismo tem um aspecto científico porque estuda, à luz da razão e usando critérios científicos, com metodologia específica, os fenômenos mediúnicos, ou melhor, os fatos que colocam os homens em contato com os espíritos, ocorrências estas que nada têm de sobrenatural, porque estão dentro do contexto dos fatos naturais, nada apresentando de milagroso nem de superstições do povo crédulo e ignorante”.

Muito esclarecedor é o texto abaixo, constante de A Gênese, Cap. I - item 14, de Kardec:

"Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma maneira que as ciências positivas, isto é, aplica o método experimental. Fatos de ordem nova se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis, conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, partindo dos efeitos às causas, chega à lei que os rege, depois deduz as conseqüências e busca as aplicações úteis. O Espiritismo não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida; assim, não se apresentam como hipótese nem a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina; conclui-se pela existência dos Espíritos porque essa existência resultou como evidência da observação dos fatos; e assim os demais princípios. Não foram dos fatos que vieram posteriormente confirmar a teoria, mas foi a teoria que veio subseqüentemente explicar e resumir os fatos. Rigorosamente exato, portanto, dizer que o Espiritismo é uma ciência da observação e não o produto da imaginação. As ciências não fizeram progressos sérios senão depois que os seus estudos se basearam no método experimental; mas, acreditava-se que esse método não poderia ser aplicado senão à matéria ao passo que o é igualmente às coisas metafísicas".

II - Filosofia

Diz Kardec, no Preâmbulo de O Que é o Espiritismo:

"O Espiritismo é, ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam essas mesmas relações”.

“A Filosofia Espírita é a interpretação dos fenômenos verificados e estudados pela Ciência Espírita. Esses fenômenos revelam ao homem a estrutura do Universo, que é a seguinte, como vemos em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec: Deus, Espírito e Matéria. Uma vez constatada essa realidade, e descoberto o mecanismo pelo qual o Espírito se manifesta através da matéria, cessa o trabalho da ciência, para começar a da filosofia”.

J. Herculano Pires, ainda acrescenta:

" Filosofia Espírita, como disse Kardec, pertence genericamente ao que costumamos chamar Filosofia Espiritualista, porque a sua visão do Universo não se prende à Matéria, mas vai até o Espírito, que considera como causa de tudo o que percebemos no plano material. Englobando na sua interpretação cosmológica a Ciência Espírita, e tendo como conseqüência a Religião Espírita, a Filosofia Espírita encerra em si mesma toda a doutrina. É por isso que O Livro dos Espíritos, obra fundamental da doutrina, não é propriamente um livro científico ou religioso, mas um tratado filosófico”.

Em Espiritismo Básico Pedro Franco Barbosa afirma:

"O caráter filosófico do Espiritismo está, portanto, no estudo que faz do Homem, sobretudo Espírito, de seus problemas, de sua origem, de sua destinação. Esse estudo leva ao conhecimento do mecanismo das relações dos Homens, que vivem na Terra, com aqueles que já se despediram dela, temporariamente, pela morte, estabelecendo as bases desse permanente relacionamento, e demonstra a existência, inquestionável, de algo que tudo ria e tudo comanda, inteligentemente - Deus”.

Assevera Celso Martins, em O que é a Mediunidade:

"O Espiritismo tem um aspecto filosófico porque, a partir dos fenômenos, dá uma interpretação da vida, isto é, responde àquelas perguntas que apresentamos (...) sobre o porquê da vida. De onde você veio e para onde você vai. A razão das desigualdades que observamos entre as criaturas. Trata-se de uma filosofia espiritualista porque admite, repito, com base nos fatos mediúnicos e anímicos, a existência de um princípio espiritual no Universo, além do princípio material. Equivale dizer que o Espiritismo vê no ser humano, não apenas o corpo material, de carne e osso, de vísceras e sangue, de nervos e hormônios, mas também aquilo a que as religiões, há séculos, deram o nome de alma.

“A filosofia espírita aceita que, acima destes dois princípios universais, o material e o espiritual paira Deus, o Criador de tudo, a inteligência primária da Natureza inteira, um Deus que é a suprema perfeição, um Deus que é Pai de Misericórdia e Bondade, de Justiça e Amor, que criou todos os seus filhos para todos, sem qualquer exceção, um dia, através de seus esforços, ao longo dos tempos, sejam, de fato, felizes”.

III - Religião

Há quem conteste o aspecto religioso do Espiritismo. Vejamos o que diz Kardec. No livro O Espiritismo na sua mais simples expressão, claramente ele assegura:

"Do ponto de vista religioso o Espiritismo tem por base as verdades fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma, a imortalidade, as penas e as recompensas futuras, sendo, porém, independente de qualquer culto em particular. Seu objetivo é provar àqueles que negam, ou que duvidam, que a alma existe, que ela sobrevive ao corpo e que sofre, após a morte, as conseqüências do bem e do mal que praticar durante a vida corpórea: o objetivo de todas as religiões”.

Em Obras Póstumas - Primeira Parte - Manifestações dos Espíritos - Caráter e conseqüências religiosas das manifestações dos Espíritos, há a seguinte afirmação de Kardec:

"O Espiritismo, firmado no conhecimento de leis ainda não compreendidas, não vem destruir os fatos religiosos, mas torná-los mais aceitáveis, dando-lhes explicação racional. O que ele vem destruir são as falsas deduções daquelas leis, por erro ou ignorância”.

No Livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Introdução, item I, Kardec esclarece:

"Esta obra é para uso de todos. Dela podem todos haurir os meios de conformar com a moral do Cristo o respectivo proceder. Aos espíritas oferece aplicações que lhe concernem de modo especial. Graças às relações estabelecidas, doravante e permanentemente, entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, que os próprios Espíritos ensinaram a todas as nações, já não será letra morta, porque cada um a compreenderá e se verá incessantemente compelido a pô-la em prática, a conselho de seus guias espirituais. As instruções que promanam dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho”.

Nessa mesma obra, Cap. I - item 7, Kardec dispõe:

"Assim, como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, também o Espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução”. Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir e preparar a realização das coisas futuras. Ele é pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra”.

No Cap. I - item 16 de A Gênese, Kardec afirma:

"Do mesmo modo que a ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio espiritual ...”.

No Cap. XII - item 18, acrescenta:

"Não é que o sobrenatural seja necessário às religiões, mas sim o princípio espiritual, que erradamente se confunde com o maravilhoso, e sem o qual não há religião possível’.

No discurso proferido na Sociedade Espírita de Paris, em 1º de novembro de 1868 e publicado na Revista Espírita de dezembro do mesmo ano, Kardec faz as seguintes declarações:

"Dissemos que o verdadeiro objetivo das assembléias religiosas deve ser a comunhão de pensamentos; é que, com efeito, a palavra religião quer dizer laço. Uma religião, em sua acepção nata e verdadeira, é um laço que religa os homens numa comunidade de sentimentos, de princípios e de crenças ...”

"O laço estabelecido por uma religião, seja qual for o seu objetivo, é pois, um laço, um laço essencialmente moral, que liga os corações, que identifica os pensamentos, as aspirações, e não somente o fato de compromissos materiais, que se rompem à vontade, ou da realização de fórmulas que falam mais aos olhos do que ao espírito ...”

"Se assim é, perguntarão, então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida senhores. No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos glorificamos por isto, porque é a doutrina que funda os elos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as mesmas leis da natureza.

"Porque, então, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Porque não há uma palavra para exprimir idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí senão uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião pública”.

Como se vê, o Espiritismo não é religião no sentido tradicional da palavra religião.

Concluímos que o Espiritismo não tem culto material exterior nem sacerdócio organizado, como as religiões tradicionais; no entanto, possui um conteúdo moral, ligando os homens entre si e seu criador.
Leitura Complementar:

1. Espiritismo Básico - Pedro Franco Barbosa - FEB.
2. O que é a Mediunidade - Celso Martins - Leymarie.
3. Vida e Obra de Allan Kardec - André Moreil - EDICEL.
4. Recordando Deolindo Amorim - Celso Martins - Gráfica e Editora do Lar/ABC do Interior
5. Kardec, irmãs Fox e outros - Jorge Rizzini - EME.
6. O Mistério do Bem e do Mal - J. Herculano Pires - Ed. Correio Fraterno.
7. Ciência Espírita - J.Herculano Pires - Ed. Paidéia.
8. O Infinito e o Finito - Crônicas - J.Herculano Pires - Ed. Correio Fraterno
9. Evolução para o Terceiro Milênio - Carlos Toledo Rizzini - EDICEL.
10. Religião - Carlos Imbassahy - FEB.

Capítulo do Livro "O Espiritismo ao alcance de todos"

Influência Moral do Médium - Simpósio no ICEMS - 11/07/09 - 19:30hs

Simpósio sobre a conclusão do Capítulo Capítulo XX do Livro dos Médiuns: Influência Moral do Médium, questões 227, 228, 229 e 230 - com Coordenação de João Batista Paiva, psicólogo e os trabalhadores Afrânio Otta Ortega, Francisco Atílio Arcoleze, Vera Márcia Accetturi e Lucila de Almeida.
Local: INSTITUTO DE CULTURA ESPÍRITA DE MATO GROSSO DO SUL - ICEMS
Rua 26 de Agosto, 850 - Centro
fone: (67) 3042-2770 - fax: (67) 3042-2771
Campo Grande-MS
CEP 79002-081
e-mail: icems@icems.org.br

quarta-feira, 1 de julho de 2009

ALMOÇO PROMOCIONAL EM PROL DA CONSTRUÇÃO DO “LAR DE RUY KREMER”

CRUZADA DOS MILITARES ESPÍRITAS – MT/MS
REUNIÃO DA FAMÍLIA MILITAR ESPÍRITA E AMIGOS
DIA 05 DE JULHO - DOMINGO
11:30h = PALESTRA PÚBLICA
12:00 às 13:30horas
ALMOÇO PROMOCIONAL EM PROL DA CONSTRUÇÃO DO “LAR DE RUY KREMER”
CARDÁPIO: FRANGO ASSADO AO LEITE, BATATA PALHA, ARROZ BRANCO E COM GUARIROBA, SALADA VERDE, PRATO SURPRESA
Ingresso: R$13,00 (CRIANÇA ATÉ 07 ANOS NÃO PAGA)
NÃO SERÁ SERVIDO MARMITEX
LOCAL: LAR DE RUY KREMER
RUA JABORANDI, 80 - Jd AEROPORTO
Campo Grande-MS
LIVRARIA JAYME ROLEMBERG DE LIMA ANUNCIA PROMOÇÃO IMPERDÍVEL DE LIVROS ESPÍRITAS (NOVOS), por R$ 5,00
LIVROS USADOS EM BOM ESTADO R$ 1,00